À Mãe que é mãe…

Nelson Fukuyama*

Tem a mãe que é mãe sem querer, mas fica sabendo já no primeiro enjoo. E corre para saber como ser mãe.

Mãe que é mãe, mesmo sem saber como é ser mãe, e mesmo que não seja a mãe biológica dos filhotes, não os deixa chorar, nem de fome, nem de frio, nem de dor, nem de tristeza. Sofre pela dor, pela febrinha e pelo febrão, e briga pelo filhote, ainda que sem razão.

Mãe que é mãe, adverte, chama a atenção, procura educar e até corre atrás do filhote com a varinha, com o cinto, com o chinelo, mesmo de pano, para ensinar como é andar direito.

Mãe que é mãe, acompanha os estudos do filhote, participa das reuniões da escola, ensina a tabuada, as primeiras letrinhas, a escrita cursiva, mesmo que não tenha a menor ideia do que seja isso.

Mãe que é mãe orienta os filhotes no melhor caminho, cuida deles como uma galinha choca, de dia, de noite, de madrugada, no calor, na chuva, no frio. Leva, acompanha e torce pelo filhote no futebol, ainda que o jogo seja em outra cidade.

Mãe que é mãe faz de tudo para não faltar nada aos filhotes, muitas vezes tendo que se sacrificar no seu trabalho e deixando de lado a compra de algo para si para trazer o sustento para eles.

Mãe que é mãe, acompanha o sofrimento dos filhotes nas provas dos vestibulares, fica na torcida por eles, mesmo sem saber a carreira que eles escolheram.

Mãe que é mãe, sofre quando os filhotes buscam o primeiro emprego e mesmo sem saber pronunciar o nome das empresas em que eles vão trabalhar, se orgulha deles e conta a proeza para todos os parentes e conhecidos.

Mãe que é mãe, acompanha as amizades e o namoro dos filhotes, ama e sofre junto com eles.

Mãe que é mãe, acompanha a união dos filhotes, abençoa, se alegra mesmo sabendo que chegou a hora de vê-los partir para uma nova fase da vida.

Mãe que é mãe, sabe ser uma ótima avó, sem deixar de ser mãe. Quer acompanhar o parto, o primeiro banho, a queda do umbigo, a primeira diarreia, a primeira consulta; faz a primeira sopinha, dá as primeiras frutas.

Mãe é mãe e vira avó, mas continua sendo a arrumadeira, faxineira, lavadeira, passadeira, cozinheira, costureira, motorista, ajudante, auxiliar, secretária, executiva, tesoureira, professora, médica. E continua com a sua mania de criticar os filhotes mesmo quando eles já são celebridades e ocupam altos cargos dentro de suas instituições.

Mãe, avó, bisavó e tataravó, sempre continuarão sendo mães, sem deixar de ser esposas, noras, filhas, sogras e todas merecem Parabéns de todos nós do Dicas Profissionais.

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho e da Revista Atitude Empreendedora, Palestrante do Dicas Profissionais Highlights 2013. Usa sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais para falar sobre comportamentos no ambiente de trabalho.