A humilhante recompensa após um longo período na empresa

Nelson Fukuyama*

Tomar conhecimento de determinados fatos que acontecem no mercado de trabalho acabam nos deixando perplexos, especialmente quando se trata da forma como as organizações costumam agradecer os seus “colaboradores” com a humilhante recompensa após um longo período na empresa.

Uma profissional, que prefere não se identificar, nos contou que passou os últimos 25 anos trabalhando para uma empresa de sua cidade, dedicando-se a cada ano para para alcançar uma posição de destaque dentro da empresa.

Nesse tempo, segundo ela, abriu mão de muitas coisas pessoais como passar finais de semana com a família, até mesmo, acreditem, deixou de ter filhos. Eliminou horas de lazer, passeios, almoços e jantares e celebrações com a família, e sempre ter um período de férias reduzido. Por algum tempo parece que tudo valia a pena.

Até que recentemente a crise bateu à porta da sia empresa, e para infelicidade dela tudo foi por água abaixo, como dizemos. Ela demitida,  com a justificativa de corte de pessoal e redução de custos. Sem mais mada, sem nenhuma manifestação de apreço pelos serviços que prestou para a empresa.

Exemplos assim a gente pode encontrar a todo momento nos dias atuais.

Os profissionais dedicam-se duramente ao trabalho em uma empresa, seja ela de qual tamanho ou origem for, recusam ofertas de trabalho que poderiam levá-los a outro estágio da vida, dispendem energia de sua vida, para receberem pouca ou nenhuma recompensa por parte das empresas.

Alguns mais felizardos conseguem receber uma homenagem após longos anos de trabalho em uma empresa. Para esses, uma placa de homenagem, um cartão ou uma caneta de ouro podem representar a gratidão, sempre acompanhados de um belo discurso elogiando os anos de trabalho prestado.

Para profissionais que passam por esse tipo de experiência as alternativas são reduzidas até por conta da idade. Procurar um outro emprego, como se a idade já está um pouco avançada? Buscar outra empresa, como, se a região não oferece alternativas? Arriscar-se em uma atividade, como, se lhes falta preparação e treinamento?

Bem, muita gente diria, eles teriam que ter feito um plano de aposentadoria, tinham que ter feito o seu “pé-de-meia” para ter recursos em eventuais situações como essas. Mas, infelizmente, nem sempre isso pode ser verdadeiro.

É bom refletir sobre isso.

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho e da Revista Atitude Empreendedora, Palestrante do Dicas Profissionais Highlights 2013. Usa sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais para falar sobre comportamentos no ambiente de trabalho.