As dificuldades para conseguir crédito para o seu negócio

Rodrigo Soares Martins*

Se há alguma tarefa dentro de uma empresa que pode ser chamada de complicada é a de conseguir recursos financeiros para tocar os negócios, ou seja, é conseguir o chamado capital de giro. Essa minha observação não é de agora, é uma constatação de muito tempo, desde que atuei na área financeira de algumas empresas.

Isso fica ainda mais evidente nestes tempos de pandemia, quando muitos empresários tiveram, e ainda estão tendo, uma sensível perda de faturamento, que levou à falta de recursos financeiros para arcar com compromissos básicos como pagamento de salários, fornecedores, impostos, entre outros.

Com isso, como sempre acontece, a primeira reação, o primeiro pensamento que vem à cabeça é ir pessoalmente a uma instituição financeira para tentar um empréstimo para ser usado como capital de giro, para manter a empresa em funcionamento, e, o sustento de diversas famílias.

O drama começa aí, ao procurar o banco. E, claro, ter uma orientação segura para poder definir a melhor operação e a melhor taxa.

Mesmo sendo cliente há anos, o empresário tem pela frente uma burocracia gigantesca. Tudo para justificar a análise de risco de crédito a ser feita pela instituição financeira.

Isso porque, para cada linha de crédito, até para a mais simples, as solicitações são diferentes, uma mais complexa que a outra. Para começar o cadastro; é preciso obter, em curto espaço de tempo, documentos de constituição da empresa, documentos dos sócios, certidões negativas necessárias, a posição de faturamento assinada pelo contador e pelo empresário, apresentar cópia e recibo da entrega da declaração do IR de todos os sócios e, quando necessário, justificar com comprovante os possíveis débitos da empresa e pessoais dos sócios, é sem sombra de dúvida, um grande desafio, que exige paciência, muita paciência, e tempo. E o pior, após a entrega de todas essas documentações, o empresário corre o risco de receber uma resposta negativa para o seu pedido de crédito.

Ou seja, a burocracia das instituições financeiras e a necessidade de conseguir todas as informações e documentação tomam muito tempo do empresário, e com isso, ele acaba ficando sem tempo para se preocupar e se dedicar ao próprio negócio.

Pergunto: qual tempo sobra para cuidar de sua própria empresa? A resposta é muito simples. NENHUM!

Então, finalizando, deixo aqui uma questão para você empresário: não seria melhor entregar essa tarefa de conseguir crédito nas mãos de uma empresa que saiba, com competência, lidar com toda essa burocracia? E, que tal usar o seu tempo para cuidar se seu próprio negócio?

*Rodrigo Soares Martins é Sócio Proprietário da empresa RSM ASSESSORIA FINANCEIRA E IMOBILIÁRIA LTDA. Contato: rodrigo@rsmassessoria.com.br

(Imagem de Franz Roos por Pixabay)