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As lições que as Olimpíadas de Londres deixam para a nossa vida profissional

Posted: 13 de agosto de 2012 às 5:32 pm   /   by   /   comments (0)

 

Nelson Fukuyama*

Nos últimos 17 dias vivemos de maneira intensa o clima de disputas das Olimpíadas de Londres, com momentos de expectativa, angústia, torcida, alegrias pelas vitórias e naturalmente tristezas pelas derrotas, e tudo se perpetuará na nossa mente. Quem assistiu ficou extasiado desde a abertura até o encerramento das atividades.

Acho oportuno e interessante trazer algumas lições que essa Olimpíada trouxe para a nossa vida profissional, aproveitando os exemplos positivos e negativos observados durante toda a competição. Claro que todos nós temos muitos exemplos, mas vou escolher apenas alguns, positivos e negativos.

Lição positiva. Há muitos exemplos de superação, mas, ficará para sempre em nossas lembranças a partida de vôlei disputada pela equipe feminina brasileira diante da equipe russa na fase de classificação. Apesar de iniciar a competição e a partida de maneira irreconhecível para uma equipe campeã olímpica, as brasileiras reagiram e acabaram vencendo a partida, o que deu um novo ânimo para elas ganharem a medalha de ouro na disputa final. Um outro exemplo, foi o do atleta sul-africano Oscar Pistorius que competiu com próteses nas duas pernas. A lição: não é essa mesma garra que as empresas esperam de seus colaboradores para que superem obstáculos mesmo quando esses parecem instransponíveis?

Lição positiva. Um atleta excepcional que não deixa a fama subir à cabeça. Quem viu o grande ídolo jamaicano Usain Bolt durante as disputas pôde perceber a espontaneidade e bom humor com que ele se relaciona com todos, independentemente de sua posição e cargo. Lição: essa é a postura que deve ser mantida dentro da empresa: todos mantendo um relacionamento cordial entre si, sem discriminação de posição hierárquica, o que permite que as atividades sejam desenvolvidas de uma maneira natural e integrada.

Lição negativa. Porque certos atletas insistem em ser arrogantes? Já ao contrário de como age o Usain Bolt como vimos acima tivemos notícias de certos atletas que querem se manter distante dos demais seres mortais. Um desses não se dignava a ir buscar o seu uniforme, mandava o seu auxiliar e fazia questão de não notar os colegas de equipe. Uma outra, agora diretora de uma equipe nacional, questionava e tratava de forma bastante rude um voluntário que a atendia pela falta de material esportivo como se a culpa pela falha da empresa fornecedora fosse dele. Lição: custava ser mais amável da mesma forma como ela aparece nas entrevistas e programas de televisão?

Lição negativa. Falta de elegância ao fazer comentários que desmereciam o trabalho realizado pelos organizadores. Ainda nem bem havia terminada a cerimônia de abertura já tomamos conhecimento pela imprensa de críticas feitas por algumas autoridades brasileiras que diziam que os nossos trabalhos serão melhores. Será que essas autoridades não tinham conhecimento do trabalho árduo, intenso, dedicado por parte de organizadores, voluntários e todos os envolvidos nas diversas atividades? Lição: não teria sido mais elegante elogiar o trabalho feito sem qualquer crítica? pensando no dia a dia, você acha elegante, justo, desmerecer os esforços de colegas de trabalho na organização de alguma atividade?

Lição negativa. Falta dedicação às competições por parte de atletas e equipes demonstrando desrespeito ao investimento feito em suas carreiras por empresas patrocinadoras que permitiram a sua participação nos jogos. Algumas atitudes de determinados atletas deixaram a impressão de falta de empenho para se engajar e vencer uma disputa. Ar de “corpo mole”. Lição: não é isso mesmo que você pensaria de um colega de trabalho displicente, que desenvolve as suas atividades com má vontade e demonstre uma postura de ausência e de total desinteresse durante uma atividade diária?

Lição negativa. Falta de união entre os membros de uma equipe. Alguém mais atento pôde perceber após a equipe de basquete feminino ter um mau desempenho que suas componentes não estavam integradas entre si e nem com as dirigentes. E quem viu a equipe brasileira feminina de atletismo após a disputa dos 4×100 deve ter-se perguntado se a razão de tanta reclamação entre as próprias componentes da equipe foi que uma estava tentando jogar às outras a culpa pelo fracasso. Lição: a falta de união entre o grupo de colaboradores de uma empresa é fundamental para o sucesso das atividades.

Bom, esses são, como disse antes, existem muitos exemplos mas selecionei apenas alguns exemplos de lições positivas e negativas que a Olimpíada nos deixou. Certamente você terá outros tantos e poderá tirar deles algumas lições para a sua carreira e vida profissional.

*Nelson Fukuyama, Diretor da Yama Educacional, Co-Fundador, Autor de artigos, Editor Chefe do portal DicasProfissionais, Consultor, Executivo de Administração, Finanças e Recursos Humanos de empresas nacionais e multinacionais.

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