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Atitudes de “homens ou moleques” no mundo corporativo?

Posted: 25 de agosto de 2015 às 8:00 am   /   by   /   comments (0)

Lucilene Antunes*

Certas atitudes que encontramos no mundo corporativo nos fazem questionar se são atitudes de “homens ou moleques”.

Vemos hoje uma falta de valores e definições que vão desde o ambiente familiar até o ambiente empresarial. Se uma empresa brasileira for fechar negócio com uma empresa japonesa, por exemplo, vai haver, sem dúvida, certa barreira cultural pois os japoneses não irão entender um contrato com tantas punições no caso de não ser cumprido o que foi contratado. Eles não entendem isso, para eles a palavra basta e será cumprido o que foi contratado e todos os prazos serão rigorosamente respeitados. Aqui no Brasil parece que se tornou normal essa falta de compromisso, essa inversão de valores, esse conhecimento dos direitos mas não dos deveres! Uma imaturidade generalizada e aceita culturalmente como inerente aos dias atuais.

Muitas mães e pais estão educando errado seus filhos, dando tudo na mão, tirando deles as responsabilidades, mimando demais. É necessário e desejável o elogio e o incentivo, mas no intuito de fazer com a criança faça sozinha e não dar tudo pronto. Vemos crianças de 5 anos que já exigem o que querem como se os pais fossem obrigados a darem tudo do jeitinho que eles querem. Vemos adolescentes de 12 anos com vida sexual ativa, mas que chegam aos 20 anos sem nunca terem trabalhado; sem assumirem nenhum tipo de responsabilidade, imaturos e sem grandes compromissos.

A falta de valores e de definição de papéis também está transformando homens em eternos moleques. Antes um homem era obrigado a conquistar uma mulher e aquele que conquistava várias era chamado de conquistador; hoje o homem pega as mulheres e aquele que pega várias é chamado de “pegador”. O homem não é mais obrigado a conquistar ou seja, está livre de uma responsabilidade. A mulher também está perdida em seu papel, sem exigir nada, aceitando tudo sem obrigações ou responsabilidades em busca de uma falsa liberdade.

Os relacionamentos amorosos em sua maioria já começam errado, sem um diálogo sincero, sem responsabilidades, sem compromisso, com falta total de definições e assim homem e mulher seguem perdidos em seu papel e não é raro uma mulher afirmar que seu namorado ou marido de mais de 40 anos não passa de um moleque. Muitos relacionamentos terminam por falta de definição, por falta de ambos serem capazes de assumir responsabilidades e compromissos.

Em negócios também isso acontece, prazos não são seguidos, responsabilidades não são assumidas como se todos, homens e mulheres, fossem eternos moleques; sem responsabilidades, sem obrigações. Fala-se muito hoje em direitos, mas pouco se fala em deveres.

É urgente é necessário que voltemos aos antigos valores, que cada mãe e cada pai saibam dar exemplos de responsabilidade e exigir responsabilidade, é necessário que os relacionamentos tenham mais parâmetros, melhores definições para que homens e mulheres cresçam como pessoas e possamos ser como os japoneses onde a nossa palavra e apenas essa palavra basta! Capazes de ter e manter compromissos e acima de tudo respeitá-los.

Vamos parar de agir como moleques! Vamos crescer como pessoas e como nação! Vamos assumir responsabilidades e compromissos, honrar esses compromissos, mantê-los e respeitá-los tendo consciência que fazendo isso não estamos fazendo mais do que nossa obrigação! Chega de tanta imaturidade!

*Lucilene Antunes Micro empresária no ramo comércio varejista de roupas e calçados há 22 anos Formada em Administração de Empresas com especialização em marketing Pós Graduação em Recursos Humanos. Esse artigo foi publicado anteriormente no portal da Revista Atitude Empreendedora.