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Como deve ser a amizade entre chefe e subordinado

Posted: 21 de março de 2017 às 6:00 am   /   by   /   comments (0)

 

 

Nathaly Bispo*

Com a jornada de trabalho extensa, não é de se admirar que os profissionais construam, ao longo do expediente, relações profundas de amizade com seus colegas.

Como chefe, uma das vantagens de ser amigo dos liderados é poder construir um relacionamento forte e positivo. “Os colaboradores que possuem um elo de parceria com os seus gestores trabalham mais satisfeitos e são fieis à empresa. Neste contexto, o líder entende o que motiva sua equipe, pois além da preocupação com o bem-estar, tem conhecimento do que cada membro do time almeja”, explica a psicóloga organizacional, Maria Célia Galhardo.

Entretanto, para ser um bom gestor, Maria afirma que se deve ter o cuidado de definir claramente os limites entre si mesmo e a equipe porque apesar da interação, a empresa continua sendo um ambiente onde a postura profissional deve prevalecer em todos os sentidos.

Abaixo, a psicóloga indica alguns pontos a serem considerados para que a amizade entre chefes e subordinados seja bem sucedida para ambos:

• Esclareça o relacionamento – Para manter o respeito de seus liderados, procure ser direto sobre a natureza de seu relacionamento comercial. Isso significa ser claro sobre quais são seus objetivos, como podem ajudá-lo a alcançá-los e o que podem esperar de você. Comunicar os próximos passos reduz o risco de que alguém interprete mal a sua amizade.

• Socialize – Na maioria das organizações, é comum haver eventos com o objetivo de reunir os profissionais além do expediente de trabalho, como almoços, happy-hours, festas de final de ano, etc. É natural que os gestores façam parte disso. Apenas lembre-se de socializar com todos, ter cuidado com o álcool e não ser o último a deixar a festa.

• Não aja com favoritismo – Um dos piores erros que o líder pode cometer é favorecer determinadas pessoas no local de trabalho. Os outros membros da equipe percebem esta atitude e passam a desconfiar de qualquer decisão tomada, e isso vai refletir até na produtividade. Se você não tem certeza se está mostrando favoritismo, pense sobre o que cada profissional contribui para o negócio. Então, observe como trata cada um, se o seu tratamento se baseia mais no que sente ao invés do que realmente entregam, é hora de mudar o seu comportamento.

• Mantenha o profissionalismo – Não importa o tamanho da intimidade que tenha com a equipe, para manter a credibilidade do seu trabalho, o líder tem de ser cauteloso. Informações confidenciais como salários, contratações e demissões e resultados nunca devem ser compartilhadas.

• Seja justo – Um gestor deve sempre prezar pelo lado profissional e manter a imparcialidade, independentemente do nível de amizade com seu subordinado. Em casos onde o colaborador apresenta um desempenho ruim, não hesite em identificá-lo e conversar a respeito.

• Não force a barra – Talvez tente ser amigo para fortalecer a equipe mais rapidamente, porém, parecer interessado demais pode soar falso. Conhecer cada um leva tempo, não faça perguntas a todo o momento, mantenha a espontaneidade.

*Nathaly Bispo, Redatora do portal Carreira&Sucesso da Catho onde este artigo foi publicado.