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Como me adaptar ao horário de verão?

Posted: 5 de novembro de 2018 às 6:30 am   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

“Como você está se adaptando ao horário de verão?” será certamente a pergunta mais comum em todas as nossas conversas desta semana. É que neste Domingo tivemos a mudança de horário em alguns estados do país, nos quais o relógio foi adiantado em uma hora.

Neste horário de verão que deverá durar até o mês de Fevereiro de 2019, milhões de pessoas sentirão o desconforto de ter que levantar uma hora mais cedo para ir para o trabalho e de voltar para casa com a claridade do sol. Para muitos de nós essa mudança provoca alguns problemas em nosso organismo.

É bom saber que, segundo especialistas, através de um estudo realizado recentemente no Brasil concluiu que o corpo humano precisa de ao menos 14 dias para se adaptar totalmente ao horário de verão. Enquanto essa adaptação não ocorre, são comuns problemas como descreve o estudo desenvolvido por Guilherme Silva Umemura do Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos, vinculado ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, que focou em como a mudança no relógio influi na temperatura do corpo humano.

Para chegar a essas conclusões Umemura fez uma pesquisa, monitorando dia e noite com aparelhos um grupo de cerca de 20 pessoas – tanto no início como no fim do horário de verão do ano anterior.

Quais as principais alterações no corpo das pessoas?

Com mudança no horário, as pessoas são obrigadas a acordar mais cedo e isso gera modificações fisiológicas no organismo como falta de atenção, de memória e sono fragmentado.

Segundo Umemura, a temperatura do corpo começa a subir mais cedo do que antes do horário de verão. Isso aponta para uma desestabilização entre os ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso.

Há uma dessincronização entre diferentes ritmos gera problemas. Desde problemas fisiológicos como distúrbios de sono.

“A pessoa fica mais propensa a ter deficits de atenção, pode ter maior fadiga durante o dia, problemas para dormir, fragmentação do sono e até mesmo a diminuição da duração do sono”, disse Umemura.

A falta de atenção e a fadiga, afirma, podem ser causadores de acidentes de trânsito e acidentes de trabalho.

No começo do horário de verão, de acordo com ele, a maior incidência do sol em horários considerados noturnos faz o organismo atrasar seu ritmo. Isso faz com que a pessoa tenda a ficar mais tempo acordada por sentir sono mais tarde – o que afetaria negativamente o sono noturno

Os grupos mais afetados são os adolescentes e os jovens adultos, segundo o pesquisador.

Como me adaptar ao novo horário de verão?

Segundo Umemura, na maioria dos casos aos poucos o corpo começa a “se acostumar” com a nova rotina. “No nosso trabalho nós observamos que 14 dias seria o mínimo necessário para a pessoa se adaptar ao horário de verão”, disse Umemura. Mas, de acordo com ele, embora isso seja menos comum, para algumas pessoas os sintomas podem perdurar até fevereiro, quando ocorre a mudança para o horário normal.

A mudança de horário afeta mais quem tem rotinas mais rígidas de trabalho. Mas para quem tem maior flexibilidade de tempo, o recomendado é tentar minimizar os efeitos da mudança.

Uma receita é ir acordando15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição ocorra aos poucos.

(Este conteúdo foi produzido tendo por base alguns textos do material produzido por Luiz Kavaguti e publicado em http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/10/151007_horario_verao_lk)

*Nelson Fukuyama é Co-Fundador, Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor e Administrador da Yama Educacional e Colunista dos portais Carreira&Sucesso, da Catho e Administradores.com para os quais fala sobre comportamento no ambiente de trabalho, com base em sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais.