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Como você participa do encantamento do cliente da sua empresa?

Posted: 11 de junho de 2012 às 6:36 pm   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Ontem à noite tivemos o privilégio de assistir à apresentação de André Rieu e sua orquestra, um verdadeiro espetáculo que, aliás, eu recomendo. Além do deslumbramento, foi uma oportunidade para refletir sobre como nos encaixamos no mundo de negócios que vivemos a cada dia.

Assim como no mundo corporativo em que o alvo é o cliente, todo o esforço da produção do espetáculo visa a agradar o “cliente”, no caso, o grande público presente. Um esforço bem pensado, planejado, para agradar um público alvo, no caso, pessoas com um pouco mais de idade, que se deliciavam com as músicas apresentadas, pois as faziam recordar momentos e danças feitas no passado.

O cenário de fundo, montado de forma diferente a cada música, ora um castelo, ora uma igreja, ora um portal de uma cidade, um salão de baile vienense, ora um campo com moinhos holandeses, ora uma paisagem bucólica, transportava todos para o ambiente, como se fizéssemos parte dele.

A orquestra, com seus diversos instrumentos, tinham destaque a cada apresentação, ora o piano, ora o violino, ora a bateria, ora os violoncelos.

Seus profissionais se desdobravam em apresentar-se de maneira impecável. Alguns deles se destacavam como virtuoses em diversos instrumentos. Diferentemente de uma orquestra tradicional, eles procuravam mostrar sua descontração com brincadeiras entre uma apresentação e outra, como se quisessem demonstrar que, ao contrário do que alguns pensam, humor faz parte do show, alegra a plateia, o cliente, sem prejudicar o resultado.

O coral, sempre buscando interagir com a plateia em suas coreografias, cantores barítonos, tenores e sopranos, em solo ou em conjunto, excelentes. Tudo dirigido com competência pelo maestro André Rieu, que ainda conversava com o público, em inglês e em português, para completar o esforço de agradar a plateia.

Ah! O grande cliente, quero dizer, o grande público, a plateia, se deliciava. As manifestações vindas da plateia eram o sinal mais visível que os esforços da empresa, do show, do criador da apresentação, estavam corretos. Era o que no mundo corporativo a gente tem por objetivo: encantar o cliente, fazer o cliente dizer “uau!”.

A gente podia ver as pessoas cantarem, algumas se arriscavam a dançar. Uma senhora mais animada, saiu de sua poltrona para ir convidar um senhor para dançar. Ele, mostrando contrariedade no início, não teve como recusar, deixou sua bengala de lado e saiu dançando e se divertindo com a insistente (e vencedora) companheira.

Simulações de neve, balões de ar caindo do teto do local foram outras atrações que encantaram o “cliente”. Sem contar as inúmeras tentativas de André Rieu de terminar o espetáculo sugerindo que todos fossem para suas casas, o que era imediatamente e efusivamente recusado pela plateia. Uma nova música, um samba, um sucesso musical do momento completava a alegria e estendia a festa por alguns momentos.

Como eu disse antes, um espetáculo como esse de ontem pode ser um exemplo para avaliar o nosso envolvimento nas atividades do dia, quer seja como profissional liberal, como autônomo, quer seja com um colaborador de alguma instituição. Não podemos ficar fora ou destoar do conjunto. Não importa se somos iniciantes ou se somos profissionais de vários anos de estrada, cada um de nós tem o seu papel na meta de atingir o objetivo máximo que é o de satisfazer o cliente, o público alvo.

Temos, ou melhor, podemos aproveitar todo o cenário criado, usar todos os instrumentos ou ferramentas disponibilizados para nós, usar toda a nossa expertise, com toques de bom humor, seguindo, obedecendo um comando de nossos superiores, e nos esforçando para falar a mesma língua do grande alvo, o nosso cliente.

Agindo assim, não há como errar, ou ainda, não há como não deixar o cliente satisfeito. Todos sairão ganhando, e você, claro, com certeza terá seu nome ligado ao sucesso conseguido por todos.

Ah! Se puder não deixe de assistir ao espetáculo do André Rieu.

 

*Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais.

A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e o portal Dicas Profissionais (www.dicasprofissionais.com.br).