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Eu não acredito em quem não trabalha muito

Posted: 31 de janeiro de 2017 às 6:00 am   /   by   /   comments (0)

Jose Luiz Tejon Megido*

O amor pelo trabalho foi a lei do meu sucesso e felicidade. Nunca consegui ir bem numa matéria na escola sem estudar muito. Seria impossível ter feito músicas para o teatro, se não ficasse inteira e intensamente mergulhado naquele fascínio.

Jamais teria obtido reconhecimento e construído uma carreira se não trabalhasse apaixonadamente, virando noites, finais de semana, carnavais.

Não seria possível não parar de estudar nunca, como até agora, faço um doutorado aos 60 anos. Nem pensar em ter escrito em autoria e coautoria 28 livros, e muito menos viajar com imensa vontade pelo país e exterior fazendo palestras desde o agronegócio até a newmídia, passando por superação, liderança, marketing e vendas, se o amor onívoro e veemente pela dignidade do trabalho não fosse o meu motor.

Amo o trabalho e admiro profundamente os seres humanos que constroem os seus destinos e oferecem destinos para muitos, a partir das obras, do amor pelo trabalho. E você se diverte, perguntam? Imensamente, pois ao trabalhar com amor, para mim é sempre um gigantesco prazer, e a alegria e o divertimento é essencial ao lado e junto com o ambiente do trabalho.

O meu rock&roll permanece e minha banda Dinossauros Rock Band continua. Alegria, aprender e trabalhar, ao mesmo tempo significa felicidade. E o amor? Ah, amar dá trabalho, e da mesma forma, se não gostamos do valor do trabalho não permitiremos a paixão, e o arrebatamento do amor em vida, e como fundamento da vida. Por isso, e isso mesmo, conhecemos pessoas que abandonam o amor, fecham as portas para as emoções, pois amar também dá trabalho, entender e captar o outro, como isso dá trabalho!

E viver? Ah, viver dá muito mais trabalho ainda. Competir, cooperar, conviver, superar, enfrentar adversidades, incertezas, realidades duras, abandonos, altos e baixos, acidentes, fortunas e infortúnios. Ah, viver dá trabalho, por isso mesmo, sem acreditar na força comovente e transcendente do trabalho, não poderá haver consciência humana de felicidade.

Vejo a felicidade na tricoteira, na costureira, na cozinheira, na diarista, no motorista, no vendedor, no estudante e no professor, no empresário, no religioso, e no operário, no pedreiro, vidraceiro e no pintor, na secretária, médico, anestesista, advogado, gestor e cientista, gente doutor ou sem doutor, mas vejo a felicidade naqueles que se esparramam, na extração do seu melhor, na eclosão frutificante do seu trabalho.

Vejo bons debates sobre o que vale é trabalhar melhor, e não mais. Ou então, qualidade de vida, equilíbrio. Tudo isso, posso dizer, dá trabalho, e para fazermos tudo isso bem feito, temos que trabalhar ainda muito mais. Saber comprimir o tempo, afastar o reino das distrações, amar verdadeiramente o que está fazendo, e “prestar atenção nas suas batatas”, quer dizer, no melhor ascensional de você mesmo. E de cada membro da equipe.

*Jose Luiz Tejon Megido www.tejon.com.br/Sobre.aspx eleito um dos cinco palestrantes mais renomados do ano pelo prêmio Top of Mind Estadão RH 2011. Professor, Jornalista, Executivo, Autor e Co-Autor de 27 livros. Este artigo foi publicado no portal Carreira&Sucesso da Catho em 21/11/2012.