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Excelente até os 45 do segundo tempo

Posted: 14 de janeiro de 2014 às 10:30 am   /   by   /   comments (0)

 

Professor Paulo Sérgio Buhrer*

A vida da gente é fantástica, e, podemos analisá-la como anda de uma maneira rápida: toda vez que você olha para trás e diz: “é, hoje estou muito melhor e as pessoa ao meu redor também”, é sinal de que as coisas estão indo bem.

Nas empresas, funciona do mesmo modo. Sempre que olharmos o passado e notarmos o quanto evoluímos, temos um excelente sinal de que estamos no caminho certo.

Mas, tenho ficado muito triste ao notar o quanto muitas pessoas estão se tornando piores, ainda que pensem que melhoraram. Por exemplo:

* Recebem uma promoção e começam a não honrar mais a palavra, as tarefas, pelo simples fato de, junto com a promoção, ganharem arrogância;

* São convidadas por outras empresas, para cargos melhores, e começam a fazer mal feito o trabalho na atual empresa, a falar mal da empresa e dos colegas, pelo simples fato de acharem que nunca mais vão precisar dela;

* Ganham um aumento de salário e já começam a viver como “ricos”, esnobando os pobres, sendo que, na vida, sabemos que a riqueza vem quando ganhamos dinheiro e, por um bom tempo, continuamos a viver como vivíamos antes;

Enfim, os exemplos são vários, porém, os dois primeiros acima é que mais me preocupam.

Ser promovido é uma dádiva, uma bênção de Deus na vida da gente. É o momento em que podemos entender que Ele olha lá de cima e diz: “vai lá filho, continua minha obra cada vez melhor”. No entanto, vejo pessoas sendo promovidas, e, rapidamente, começam a perder a honra que tinham enquanto estavam em cargos inferiores. Tratam mal colegas de níveis mais baixos, chegam atrasado, entregam trabalhos no tempo que querem, xingam a zeladora, o porteiro. Quem ganha uma promoção, no entanto, leva com ela arrogância e a soberba, sem perceber, já começa a cair no mesmo instante e que começou a subir.

Receber uma proposta de outra empresa é fantástico, e também é sinal de que estamos sendo valorizados. Isso não significa que devemos perder o comprometimento com a empresa que ainda paga nosso salário, que nos deu e dá o direito de pôr pão à mesa.

Conheço muita gente que quando recebe convite de outras empresas trata mal a todos os colegas atuais, e, mostra as garras que estavam escondidas enquanto achava que precisava deles.

Na vida nunca devemos fechar portas. O sucesso da gente acontece quando abrimos uma porta mais à frente, e deixamos as portas pelas quais já passamos com uma fresta, afinal, quem sabe precisemos dessa porta e sejamos chamados novamente, tão benfeito realizamos nossas tarefas e saímos honradamente, que somos aplaudidos pelos que ficaram.

Cuidado para não chegar ao topo, e, em menos tempo do que imagina, cair ladeira abaixo, como a pedra que é jogada lá pra cima, mas, no mesmo momento em que atinge o ápice, começa sua derrocada. É como se o Neymar jogasse mal pelo Santos desde que soube que seria vendido ao Barcelona. Por sorte, o menino deu seu melhor até os últimos segundos, e vai deixar saudade a todos os torcedores não só do Santos, mas, do Brasil (e olhe que sou mengão).

Deixe boas marcas, faça as pessoas sentirem saudades quando você sair, e não alívio. Faça seu trabalho benfeito até os 45 minutos do segundo tempo, e, se for necessário, até a última batida do pênalti. É isso que vale à pena na carreira da gente. Ainda que esteja numa empresa ruim, onde o ambiente é improdutivo, cheio de problemas, fofocas, equipes destruídas, deixe uma boa marca, afinal, não temos o direito de sair de um lugar sem deixá-lo melhor.

Torço pelo seu sucesso, mas, ele precisa ser duradouro, e isso você consegue sendo íntegro, honesto, comprometido até os últimos segundos da carreira, na empresa ou função que estivermos.

Grande abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre.

Professor Paulo Sérgio Buhrer – www.professorpaulosergio.com.br