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Falta de Qualificação

Posted: 13 de fevereiro de 2009 às 6:42 pm   /   by   /   comments (0)

Por Mariana Parizotto*

Sabe aquele ditado popular "levou gato por lebre"? Pois bem, no mundo corporativo acontece algo bem semelhante, principalmente no que diz respeito às contratações de funcionários.

Durante o processo seletivo, os recrutadores buscam ao máximo encontrar, em meio a tantos candidatos, o profissional ideal para a vaga oferecida. E para corresponder ao perfil procurado, muitos candidatos acabam distorcendo ou exagerando suas qualificações.

Normalmente, essas "fraudes" são descobertas ainda na etapa das entrevistas e dinâmicas. "É possível ele mentir ou omitir alguma coisa sim, mas uma hora ou outra ele pode ser pego. O pior é quando ele é desmascarado já atuando dentro da empresa", explica Bianca Maria do Valle, especialista em Recursos Humanos da Trendset Consultoria.

Para o profissional que conseguiu levar adiante a mentira e acabou sendo contratado, a consultora alerta que os gestores de RH fazem um treinamento e acompanhamento do funcionário nos primeiros meses, ou seja, ele continuará sendo avaliado e seu desempenho será acompanhado e comparado ao diagnóstico feito sobre seu perfil no processo seletivo. "Desta forma, são identificadas as reais qualificações do novo funcionário", acrescenta Bianca.

Segundo a Analista de Recursos Humanos da Catho Online, Adriana Souza é por isso que existe o período experimental, no qual o profissional terá 90 dias de contrato para conhecer a cultura da empresa, reconhecer suas responsabilidades e se adequar ao novo desafio, bem como a empresa também investigará se este profissional atende as exigências e expectativas do cargo.

E quando essas qualificações não condizem com o esperado, a analista é categórica em afirmar que o profissional pode sim perder o emprego. "O funcionário pode ser demitido por ter mentido sobre suas qualificações, até porque ele não conseguirá realizar suas atividades por conta da falta ou pouco preparo para realizá-las", conclui.

As conseqüências de uma demissão nessas circunstâncias podem comprometer as chances de um futuro emprego, já que a maioria das empresas faz um levantamento de referências profissionais e o novo contratante terá conhecimento de que houve algo de errado com este profissional na empresa anterior.

"No mundo corporativo, a autenticidade e a ética são competências essenciais para qualquer função a ser desempenhada. Sem elas, o profissional poderá ficar com sua imagem ‘arranhada’ perante o mercado e comprometer sua credibilidade", ressalta a analista da Catho Online.

Para evitar situações extremas como a demissão por falta de qualificação, que não é vantajosa nem para a empresa e muito menos para o profissional, Adriana Souza sugere que o processo seletivo seja planejado de maneira a atender as necessidades da vaga, assim, a entrevista é uma das ferramentas que deve ser utilizada em conjunto com outra ou outras, como por exemplo: prova de avaliação técnica, testes, dinâmica, referências profissionais, entre outros mecanismos.

O melhor mesmo é ser sincero e sempre buscar um aprimoramento profissional, por meio de cursos de qualificação e especialização, oficinas, workshops, entre outras opções. O candidato deve estar preparado para as exigências da vaga, pois de uma forma ou de outra ele será cobrado de acordo com o que "vendeu" sobre si mesmo.

Mariana Parizotto é jornalista da equipe do Dicas Profissionais.