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Felicidade: a nova ordem dos talentos humanos

Posted: 13 de agosto de 2014 às 7:14 am   /   by   /   comments (0)

 

Leila Navarro*

Um dos primeiros pensadores a sistematizar em que consiste a felicidade foi Aristóteles, e até hoje, nos baseamos em suas ideias. Sem dúvida, desde a época filósofo grego até nossos dias, não há um consenso acerca da definição exata do que é felicidade, embora a maioria das pessoas tenha uma noção mais ou menos intuitiva acerca do que é ser feliz ou o que nos faz feliz.

Os cientistas têm optado pela definição que utiliza a professora da Universidade da Califórnia, Sonja Lyubomirsky, autora do livro A ciência da felicidade, e uma das investigadoras mais rigorosas neste terreno. Segundo ela, “o uso da palavra “felicidade” para se referir à experiência de alegria, satisfação ou bem-estar positivo, combinado com a sensação de que nossa vida é boa, tem sentido e vale a pena”. Essa definição faz referência a duas vertentes da felicidade que podem ser entendida como experiência pontual ou também uma sensação permanente de fundo que impregna nossa existência.

A felicidade e o bem-estar são os resultados que queremos atingir com a Psicologia Positiva, um estudo científico do funcionamento humano, criado pelo psicólogo Martin Seligman, autor do best-seller Felicidade Autêntica, e líder por 15 anos de um movimento de propagação sobre o tema nos Estados Unidos. O principal propósito da Psicologia Positiva consiste em catalisar uma troca no foco da psicologia, superando a preocupação única em reparar as piores coisas da vida, em prol da construção de qualidades positivas.

Especificamente no universo corporativo, o mundo do trabalho vive em constante revolução silenciosa. Há décadas oferece o dinheiro como estímulo, sendo quase único aos seus funcionários. Organizações inovadoras começam a perceber que esse modelo está ruindo, embora a remuneração ainda seja decisiva, claro, em um mundo transformado pela crise, salários e bônus já não exercem o mesmo fascínio.

A busca por um propósito maior, a chegada de uma nova geração ao mercado e a reinvenção dos escritórios convergem para um ideal há muito negligenciado: a felicidade no trabalho, na sociedade, na educação, nos relacionamentos, nos projetos.

Todas as pessoas têm a possibilidade de aprender sobre felicidade e exercitar essa prática, o que vai nos levar a um mundo formado por pessoas mais tolerantes, conscientes, generosas, resilientes, atentas ao meio ambiente, ao equilíbrio, à aprendizagem e à prática do amar.

Aceitar essa possibilidade, aprender a ser feliz e a amar são oportunidades de gerar bem-estar e confiança no desenvolvimento da habilidade de inspiração e colaboração em um projeto comum e sustentável chamado Planeta Terra.

*Leila Navarro é autora de vários livros e uma das palestrantes mais requisitadas do Brasil, ministrando palestras em todo o Brasil e na Europa. (www.leilanavarro.com.br). É também Colunista do portal Carreira&Social da Catho Online onde este artigo foi publicado anteriormente (www.catho.com.br/carreira-sucesso/colunistas/felicidade-a-nova-ordem-dos-talentos-humanos).