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Fofoca no mundo corporativo: cinco dicas para se livrar delas!
Marisol Camarinha*
Onde houver mais de duas pessoas, infelizmente, haverá fofoca, o burburinho é mesmo o grande vilão da comunicação.
Pouco importa se o agrupamento é profissional, religioso, social ou doméstico, o fato é que as pessoas adoram falar umas das outras.
Há quem diga que fofoca “combina” com café, bolo de fubá, cerveja, cachaça, vinho e tudo mais. Quem gosta de falar de algo alheio sempre vai encontrar algo que combine. Isso todo mundo sabe.
O que as pessoas não sabem, ou preferem ignorar, é que a fofoca traz dor e sofrimento que, em muitos casos, resultam em doenças cardíacas, úlceras gástricas, distúrbios do sono, síndrome do pânico, e muitas das chamadas “doenças da alma”, como depressão, melancolia e tristeza.
Pessoas que gostam de falar e de ouvir sobre a vida alheia não param pra pensar que as pessoas que são alvos de fofoca se sentem expostas e desqualificadas, envergonhadas.
No ambiente de trabalho, a fofoca é responsável por inúmeros conflitos, como: queda de produtividade; perda de credibilidade profissional; demissão; e até mesmo pela indenização por responsabilidade civil e criminal decorrente dos danos materiais e morais sofridos por quem foi alvo de fofocas.
Me lembro bem do caso de um cliente. Na ocasião me disse que, apesar da indenização em dinheiro determinada pelo juiz ter sido bem significativa, ela jamais lhe devolveria os anos deixados de viver por conta dos abalos emocionais causados pela vergonha que sentiu em razão das fofocas que o envolveram na empresa.
Fazer fofoca não é “normal”, não é engraçado, não é bom, não é brincadeira e não deve ser um passatempo. Por isso, confira cinco dicas de como acabar com a fofoca nas empresas:
Não ouvir. Quando ouvimos algo, ficamos logo tentados a passar adiante, nem que seja para dizer que não concordamos. Então, quando um colega de trabalho chegar perto de você na hora do café, no banheiro, e até mesmo no happy hour e lhe disser o clássico “você já sabe da última?” , responda com seu melhor sorriso: “Não, e nem quero saber. Por favor, não me conte”. Se a pessoa insistir, deixe-a falando sozinha e vá embora, mude de lugar, sei lá.
Não revelar. Se, em razão do seu cargo ou do seu convívio, você ficou sabendo de algum fato relacionado a alguém, não conte prá ninguém. E, ninguém significa nenhuma pessoa. Sem exceção!
Não passe adiante. Quando você ficou sabendo de uma fofoca, mesmo sem querer, é o momento de se calar. Conhece as três peneiras de Sócrates? Então, só comente, ou só fale ao outro aquilo que for bom, útil e necessário. Se o assunto não passar por essas três peneiras, fique de boca fechada. Sua integridade, sua consciência e sua imagem profissional agradecem!
Não se omita. Sempre que souber de uma fofoca, trate de esclarecer o fato com a pessoa envolvida. E não pense que isso significa se meter onde não é chamado, porque se você ficou sabendo do assunto significa que você já está envolvido. Logo, para quê tentar esconder o sol com a peneira? Procure logo o alvo da fofoca e abra o jogo.
Não se comprometa. Vira e mexe alguém nos aborda e pergunta: O que aconteceu na reunião? Você sabe o que está rolando com o fulano de tal? E você, delicadamente, olha seu interlocutor curioso bem nos olhos e pergunta, sorrindo: Por quê você quer saber?Se ele responder, “por nada”, então lhe diga, “então, não há porque saber”. Mas se ele responder, “é que o pessoal esta comentando…”, responda-lhe: um bom motivo prá ficarmos calados, pois comentários não são bons para a reputação de ninguém. Depois mude de assunto ou se despeça com um “passe bem”. Sempre sorrindo, amavelmente.
Da próxima vez que você for buscar um cafezinho no meio do expediente, lembre-se de ter uma piada para contar aos colegas e, com isso, evitar as fofocas e alegrar o ambiente.
*Marisol Camarinha é consultora do Great Group, especializado em Consultoria e Gestão Empresarial, e palestrante da AlleaoLado, empresa focada em palestras, treinamentos e coaching.