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Home Office: sim ou não?

Posted: 20 de fevereiro de 2013 às 8:21 pm   /   by   /   comments (0)

Marina Ogawa*

Um dos benefícios observados no mercado de trabalho nos últimos anos veio com a expansão dos serviços de internet e comunicação em todo o país, que acabou trazendo novas formas de trabalho, dentre elas o Home Office (trabalho em casa). Esse novo formato mostra-se cada vez mais frequente no Brasil tanto que, de acordo com uma pesquisa elaborada pela HAYS Recruiting Experts Worldwide em 2011, cerca de 31,2% das empresas já adotam esse sistema.

Para 72% dessas empresas envolvidas na pesquisa há a preocupação em reter talentos e melhorar a qualidade de vida dos funcionários; já os benefícios são mais extensos para elas, assim que denominam essa concessão aos seus colaboradores.

Ao adotar somente o sistema de trabalho home office uma empresa não precisa manter espaços físicos para acomodar tantos funcionários, mesmo quando elas optam por uma “divisão” do trabalho, por exemplo, permitindo que seus funcionários trabalhem em casa duas, três ou até mais vezes por semana. Desta forma, surge a alternativa de manter locais rotativos, não fixos, em que a empresa, ao invés de manter, por exemplo, 200 mesas de trabalho, pode manter apenas 50, já que grande parte de seus funcionários adere ao sistema do home office.

Para os funcionários, o sistema de trabalho em casa tem suas vantagens, contanto que o profissional saiba adotar alguns procedimentos. O consultor e engenheiro de software na Infor Global Solutions do Brasil, Gabriel Malavazzi Penteado (26), costuma fazer home office e destaca que o sistema de trabalho tem suas vantagens, como não pegar trânsito para se deslocar de sua casa até o trabalho e a possibilidade de descanso após o horário do almoço.

Apesar dessas vantagens, Gabriel explica que trabalhar em casa também tem suas desvantagens, como, por exemplo, não conseguir conversar com as pessoas que precisa pessoalmente.  “Tem sempre que ser por telefone ou por e-mail e isso é ruim por que tem horas que a presença é importante”, completa.

Ainda, diz ele, o home Office exige também foco e disciplina. Para muitos, trabalhar em casa é difícil devido às distrações, sejam filhos pequenos, televisão ligada, familiares conversando a sua volta. “A principal dica é não se distrair e não perder o foco. É fácil perder o foco com televisão, geladeira e videogame por perto”, diz Gabriel.

Para conseguir trabalhar bem em casa é sempre bom manter uma “rotina”. Ficar de pijama só porque está trabalhando em casa não te afasta do pessoal. Por mais tentador que seja é sempre bom colocar uma roupa de trabalho, obviamente que não é necessário usar paletó e gravata, ou saia e salto alto para as mulheres, mas trocar a roupa já o faz “entrar no clima” do trabalho.

Ter um horário pré-determinado de início e fim do “expediente” também é bom, pois em casa você acaba trabalhando ainda mais, seja por não ver o tempo passar ou para recuperar o tempo em que você deu uma paradinha para comer, dormir ou assistir um pouco de TV. Apesar de não ter um horário fixo de começo e término, Gabriel mantém uma certa rotina: “Geralmente, no home office não tem um horário fixo pra começar e terminar. Eu sempre descansava depois do almoço, tipo dar uma dormida (risos). O horário de ‘entrar’ sempre varia, mas pouco, sempre em torno das nove da manhã, e o de terminar a mesma coisa”.

Portanto, a dica quanto ao home office é bastante simples: se você for disciplinado e entender que mesmo com as distrações e tentações do trabalho em casa conseguirá manter o foco, o sistema de home office pode ser altamente eficaz. Além de proporcionar mais dedicação no trabalho, ele proporciona mais tempo para tratar de questões pessoais, seja devido aos filhos pequenos ou qualquer outra coisa.

Agora, se você sabe que manter o foco é extremamente difícil ou até impossível, é melhor manter a “rotina” de ir ao escritório e cumprir seu “expediente” com dedicação. Saiba sempre que em ambos os lugares você deve mostrar serviço. Ao trabalhar em casa as exigências são iguais ou ainda maiores que ir para o escritório. “Você tem que mostrar mais serviço para justificar que não está fazendo nada”, conclui Gabriel.

*Marina Ogawa é integrante da Equipe de Jornalistas do DicasProfissionais.

A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e o portal Dicas Profissionais (www.dicasprofissionais.com.br)