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Inteligência Emocional nos Relacionamentos

Posted: 1 de agosto de 2016 às 7:30 am   /   by   /   comments (0)

Michael Wallace Ataíde*

Como gosto muito de cinema, assisti recentemente a um filme cujo título é “A Ponte dos Espiões”. Dirigido por Steven Spielberg e com Tom Hanks como protagonista, o filme conta a história de um advogado norte americano que trabalha com seguros e que é contratado para defender um espião soviético capturado pelos americanos e prestes a ir para a prisão perpétua. O que me chamou a atenção no filme é que em meio ao intenso stress em que o advogado (Tom Hanks) é submetido, o espião soviético mantém uma impressionante calma e serenidade a ponto de ser questionado pelo advogado se ele não está apavorado com a possibilidade de ir para a prisão perpétua. O espião soviético, como resposta diz: “isso mudaria alguma coisa?”

Essa resposta para mim foi genial! Ela é um exemplo claro de inteligência emocional, um tema que vem ganhando muito espaço na arena de discussões entre os principais estudiosos organizacionais, bem como nas escolas de negócios e no ambiente corporativo, onde está intimamente ligada a questões comportamentais; um tema tão rico e valorizados por gestores e organizações.

Transportando esse exemplo do filme para a nossa vida diária, seja ela no ambiente profissional, familiar ou onde quer que estejamos, quando somos submetidos à uma questão onde o nosso seu emocional é posto à prova, não adianta explodir quebrando pratos ou esmurrando a mesa, isso não mudará em nada o momento que se apresenta. Em casos de conflitos, impasse, negociações difíceis, etc, é importante manter a racionalidade e razoabilidade, ou seja, é necessário tratar os problemas que se apresentam à nossa frente, com tranquilidade, excluindo as pessoas envolvidas ou não no problema, pois não se tratam as pessoas, se tratam os problemas.

Claro que essa não é uma tarefa fácil, é preciso treino, é preciso que sejam desenvolvidas algumas atitudes e habilidade comportamentais para que seja atingido esse grau de controle. Cito entre outras: a) autoconsciência ou reconhecimento e compreensão das emoções e comportamentos; b) autocontrole ou a habilidade de vigiar o que pensar e falar; c) automotivação ou a capacidade de colocar as emoções a serviço de uma meta; d) reconhecimento das emoções em outras pessoas ou a capacidade de manter uma comunicação empática; e e) sociabilidade ou a aplicação da inteligência emocional nas relações interpessoais, são as ferramentas que você precisa para viver uma vida plena e inteligente emocionalmente.

Com base nesses códigos comportamentais acredito que podemos desenvolver relacionamentos de alto nível com os diversos atores dos diversos teatros da nossa vida diária. Nossa capacidade de liderança e negociação entra em sintonia fina com os nossos interlocutores e faz com que eles tenham em você o que é mais caro na arena dos negócios: a confiança.

*Michael Ataíde é Bacharel em Relações Internacionais, cursando MBA Executivo em Gestão de Negócios e Vendas na Fundação Getúlio Vargas (FGV)