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Maldito o homem que confia no homem

Posted: 24 de fevereiro de 2025 às 8:36 pm   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Voltando aos meus tempos de “criança pequena” lá do interior quando minha tia disse que eu poderia fazer um bico na fazendo na qual ela trabalhava limpando o mato que estava crescendo ao lado das mudas de café. Com um amiguinho da época, o Elias, fomos, logo no início do dia para a fazenda e começamos o nosso trabalho.

Nossa habilidade com a enxada não era, claro, das melhores, tanto que acabamos cortando mais as mudas de café do que o mato que nascia em volta. Mas, ficamos ali durante a parte da manhã.

Na hora da parada para o almoço, o Elias me diz ”Nenê (meu apelido de criança), o Administrador disse que se a gente quiser pegar umas goiabinhas daquele pé ali, a gente pode”. Bom, se ele falou que o Administrador falou, então tudo bem.

E, ali estávamos nós, trepados no pé da goiabeira, quando aparece o Administrador e pergunta: o quê vocês dois estão fazendo aí? “Ué, mas o senhor não autorizou? “Claro que não”, disse ele” e nos dispensou da nossa empreitada por conta das goiabinhas e por conta também do prejuízo que demos por cortar mais mudas de café do que o mato.

Mas, o que eu quero dizer com essa estorinha é que eu confiei no meu amigo Elias. E, “mi finei”, com poderia dizer atualmente…

E, da mesma forma como acreditei no Elias, acabei acreditando em muita gente, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional.

Se alguém com quem estou fazendo negócio me disser: “confia em mim”, eu confio; se me disser, “pode deixar que está tudo certo, eu vou fazer isso”, eu acredito.

Mas, a verdade, como você que está lendo este artigo, é que também no mundo corporativo a gente é quase que obrigada a confiar em pessoas com as quais a gente encontra pela primeira vez, nem sempre conhece, e não está escrito no rosto de ninguém se é confiável ou não, e não raro a gente acaba se frustrando com promessas e desapontamentos de alguma forma.

Talvez, você não teve a chance, e espero que não tenha nunca, de conhecer e ter que fazer negócios com pessoas assim, porque você pode entrar em cada conversa…

E, para não ficar apenas nas minhas palavras, vou deixar aqui um versículo para os “irmãos” que está no livro de Jeremias (17:5): “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor”.