Newsletter subscribe



Artigos

O limite entre a ética e a busca por uma nova colocação profissional

Posted: 15 de agosto de 2014 às 8:00 am   /   by   /   comments (0)

 

Ricardo Karpat*

Sob o ponto de vista do empregado, pensando em questões financeiras e de oportunidades, a melhor hora de procurar emprego é quando se está empregado. Assim, ele não correrá o risco de ficar desempregado por um período – podendo gerar sérios problemas financeiros.

Já sob o ponto de vista das empresas, uma pessoa empregada é mais atrativa do que uma pessoa que está sem emprego, seguindo o conceito “bons profissionais não ficam desempregados”.

Voltando à perspectiva do funcionário, porém avaliando o ponto de vista ético, não considero correto quando a pessoa trabalha em uma empresa e busca outras oportunidades sem que o seu empregador esteja ciente disso.

A chave para a resolução de qualquer problema ético é a transparência e a sinceridade, caso tenha algo que o deixe insatisfeito em seu atual trabalho, deve-se conversar com o superior e expor o que o incomoda. Um bom profissional, que sabe explicar suas insatisfações, não sofrerá retaliações e estará agindo de maneira ética ao procurar por outra colocação caso suas solicitações não sejam atendidas.

O profissional deve agir da forma mais transparente possível com seus superiores e empregadores, pois uma possível identificação de que este esteja procurando um emprego pode ser interpretada pela empresa como um motivo para sua demissão imediata, ficando assim sem nenhuma das duas opções.

Uma forma indireta de estar sempre em busca de novas e melhores colocações é o networking, fundamental para todos os profissionais bem sucedidos nos dias de hoje e que não fere qualquer questão ética. Um bom networkingajuda nos relacionamentos, tanto do emprego atual, como abrindo portas para novas oportunidades.

Caso a insatisfação do funcionário tenha sido levada ao empregador e nenhuma ação tenha sido tomada dentro de um tempo hábil, não havendo perspectivas de solução, o sinal verde esta dado para que este profissional divulgue seu currículo ao mercado de maneira mais agressiva. Caso contrário, a única forma de não infringir nenhuma regra ética é trabalhar apenas com seu networking, sondando de forma descompromissada novas oportunidades.

*Ricardo Karpat é Diretor da Gábor RH, administrador de empresas especializado em recursos humanos.