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O que é ser Chefe?

Posted: 31 de março de 2014 às 8:40 am   /   by   /   comments (0)

 

Luiz Marins*

No meu livro Administrar, Hoje” (Editora Harbra, 1988 9ª Edição) escrevi um capítulo chamado “Precisa-se de um Chefe””em que eu digo que chefes fracos, moles, com baixo teor de exigência com relação a seus subordinados estão desmotivando os empregados. E tenho continuado a notar este sério problema na empresa brasileira. Os chefes atualmente estão tímidos no exercício inalienável de sua função de chefiar, comandar, coordenar, liderar. Vêem o erro e fingem não tê-lo visto. Constatam a desídia e cegam a própria consciência.

Esse relaxamento no cumprimento das funções de chefiar está levando a uma profunda desmotivação entre os empregados. Não são poucos aqueles que vendo a completa ausência de reforço positivo pelo trabalho bem feito e a não-punição da negligência, desinteressam-se pelo autoaperfeiçoamento e autoexigência e disciplina. O ser humano precisa de desafios constantes que o levem a superar-se constantemente e precisa de modelos nos quais possa se espelhar. Os mais próximos modelos são os pais, professores e chefes. Na ausência de líderes, o homem se torna fraco, abúlico. Sem desafios, o homem se transforma num alcoólatra do ócio. É preciso reeditar aqueles chefes que eram respeitados, queridos, verdadeiros mestres, enfim, verdadeiros chefes.

O conceito de chefe”hoje está mudando para o conceito de coach ”que em português significa treinador” Coach” é o nome que os ingleses dão aos técnicos de um time. O coach ”é aquele que acompanha, que insiste em alta performance, que acompanha o time, que conhece cada um dos jogadores”e trabalha individualmente com cada um ao mesmo tempo que faz com que todos tenham consciência de equipe. Num time, cada um dos indivíduos com as suas características individuais e aptidões é fundamental. Porém, se cada um jogar sozinho, o time não vencerá. Assim, uma das grandes tarefas do chefe-coach é fazer a necessária integração entre o individual e o coletivo. O coletivo na empresa é o seu mercado, seus clientes, seus objetivos. Para marcar o gol”tanto é necessária a competência individual quanto a habilidade coletiva.

A mesma analogia se faz hoje com uma orquestra. Cada músico tem que ser o melhor individualmente, mas deve seguir a orientação clara e segura de um maestro que é o chefe”e que orienta cada talento, conseguindo a necessária harmonia”que fará da orquestra um sucesso. Conseguir essa interdependência é o fundamento da chefia de hoje.

Gostaria que você fizesse, como chefe, um exame de consciência e se perguntasse:

(a) Deixo claro aos meus subordinados o que espero deles?

(b) Sou firme e decidido e exijo o máximo de meu pessoal?

(c) Quando vejo algo fora dos padrões de excelência, imediatamente chamo os responsáveis e, com eles, revemos se todos entenderam os objetivos e tarefas e os da empresa?

(d) Tenho sempre a intenção de ser justo”ao invés de ser bonzinho”?

Pense nestas perguntas. Leve seu pessoal que tem subordinados a também pensar nelas. O que precisamos é de verdadeiros chefes e líderes que possam levar as pessoas a vencerem seus próprios desafios e limites sem esquecerem o coletivo, a harmonia, o passar a bola”para que o outro marque o tão esperado gol e todo o time saia vencedor.

Pense nisso. Sucesso!

*Luiz Marins é autor de diversos livros, Palestrante, Consultor, comentarista empresarial e de negócios em programas das Redes Globo, Bandeirantes e Rede Vida, Presidente da Anthropos Consulting e da Anthropos Motivation&Success, empresas pioneiras na utilização da antropologia no estudo e desenvolvimento empresarial. Conheça mais sobre o Prof.Marins em www.anthropos.com.br