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Artigos

O que você e eu temos a ver com a tal sustentabilidade?

Posted: 1 de dezembro de 2009 às 6:47 pm   /   by   /   comments (0)

 

Nelson Fukuyama

Temos lido notícias alarmantes sobre a situação do nosso planeta Terra. Há alguns anos a temperatura do planeta Terra está subindo a cada ano. A camada de ozônio está provocando o descongelamento dos pólos.

Um grande iceberg foi encontrado recentemente no oceano da Nova Zelândia. Os dirigentes dos países de vanguarda se preocupam. Assinam protocolos como o de Kyoto. O mercado de carbono está despertando o interesse mundial dos grandes grupos empresariais. Está havendo um crescente interesse pelas nações sobre a Sustentabilidade.

Falando em sustentabilidade, outro dia li uma piadinha interessante (e triste ao mesmo tempo) sobre o problema com o desmatamento da floresta amazônica. Dizia que daqui a 100 anos corremos o risco de não termos mais a floresta amazônica devido ao grande desmatamento na região provocado ora pelo interesse na madeira ora pela exploração de minérios. Isso causará um grande problema ambiental não só para nós mas para todo o planeta Terra. “O que eu tenho a ver com isso?” dizia alguém, “daqui a 100 anos eu não vou estar aqui mesmo, problema de quem ainda estiver por aqui!”.

Certamente que essa piadinha fala de alguma pessoa que não está preocupada com a Sustentabilidade. Na verdade ela nem representa o ideal buscado pela Sustentabilidade que é a busca da continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana, como se refere o Wikipedia.

Ou seja, explorar áreas ou recursos naturais ou artificiais não significa simplesmente dar um fim ao planeta do tipo “destruir total!”. Diferentemente de outros tempos passados, a conscientização de todos é sim continuar explorando esses recursos mas de maneira ordenada, sem provocar qualquer impacto negativo sobre a vida natural e humana. É com isso que as empresas de todo mundo estão preocupadas e por isso estão buscando formas de se ajustarem às novas exigências para atuação em seus mercados.

Aqui no Brasil há vários casos de empresas como a Natura que dá um excelente exemplo ao buscar alternativas para seu mercado de produtos sem provocar danos ambientais e humanos. Em seu site podemos encontrar o seguinte texto: “Acreditamos que é possível construir um mundo melhor e, a cada dia, trabalhamos mais para isso. Em 2005, todos os nossos sabonetes em barra foram vegetalizados, ou seja, deixamos de usar base animal e substituímos por um ativo vegetal. No final de 2006, inauguramos a nova fábrica da Natura – Unidade Industrial Benevides, no Estado do Pará. Este projeto inovador sinaliza não só a nossa disposição de ampliar a vegetalização de nossos produtos, mas também o nosso compromisso com uso sustentável de ativos da nossa biodiversidade.

Nesta Unidade foi desenvolvida uma nova tecnologia em que não é necessária a extração da glicerina da base do sabonete o que proporciona sensação de pele hidratada e macia, deixando um filme protetor. Este processo só é possível com uma base de sabonetes vegetal, pois a extração de glicerina em uma base animal é fundamental para retirar outras impurezas retidas no processo.

Além disso, estimulamos o cultivo e a produção responsável de matéria-prima para a produção dos sabonetes, além de incentivar a conservação de espécies nativas da região.”

Ações como essa da Natura trazem benefícios adicionais. Ajudam a manter a qualidade de vida das pessoas pois eliminam doenças de todo tipo provocadas por indústrias poluidoras e permitem a recuperação de áreas condenadas ao extermínio por práticas predatórias.

Claro que eu não terei qualquer forma de recompensa pela menção do caso da Natura (o que não seria nada mal), mas, a citação foi apenas para lembrar como é importante o engajamento de pessoas e organizações em ações que visem a sustentabilidade, educando pessoas, estabelecendo procedimentos e exercendo acompanhamento e controle de modo a que esse novo conceito seja estabelecido e mantido para benefício de todos nós.