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Onde e como você aplica a tal criatividade?

Posted: 25 de outubro de 2012 às 1:15 pm   /   by   /   comments (0)

 

Nelson Fukuyama*

Não quero tratar aqui sobre a criatividade mundialmente reconhecida de alguns produtores do “lado do bem” como, por exemplo, de entretenimento como espetáculos, cinema, música etc. nem também falar de profissionais vinculados ao “lado do mal” da criatividade como bomba atômica, gás isso, drogas, games que exploram a violência, e outras tantas. Quero falar da criatividade que observo no meu dia a dia.

Não sei se você é como eu que quando assisto à televisão eu costumo prestar muita atenção à maneira como se usa um comercial de um produto ou serviço para transmitir uma mensagem para o público.

Gosto de comerciais simples e criativos. Rio muito e sozinho quando vejo, por exemplo, o comercial sobre tubos e conexões que está sendo veiculado no momento na minha cidade. Um cliente, desesperado, vai até o velório do chefe de obras, o faz reviver, levantar do caixão, e ir até a obra que ele supostamente deixara em andamento ao morrer para instruir os seus colegas a usar o tubo da marca tal. Naturalmente que com o susto, as pessoas do velório e os colegas da obra acabam desmaiando em vê-lo vivo. Garanto que um trabalho desses, criativo, consegue marcar na mente dos telespectadores a imagem e a eficiência do tal produto.

Gosto de outros tantos, que também são engraçados, ops, criativos, e conseguem igualmente transmitir uma mensagem que eu considero saudável. Sinal de boa aplicação da criatividade das pessoas envolvidas.

Por outro lado, eu tenho grande dificuldade em entender certos comerciais veiculados na televisão. Não, não é possível que eu esteja ficando “gagá”, pois tenho que pedir ajuda para alguém para me explicar qual teria sido a mensagem que tentaram passar. Fico com a impressão que ele quer realmente transmitir uma mensagem muito especial, só para pessoas com QI muito elevado. E nem estou falando de desfile de modas.

Se você prestar atenção vai assistir a um comercial tal, no qual um profissional da área de saúde deixou o seu paciente na cadeira para ir visitar uma agência de veículos e quando sua secretária aparece para avisá-lo que o paciente está esperando o tal profissional tem uma reação do tipo “ele que espere um pouco, agora estou super ocupado”. Acho até que o tal comercial provocou uma revolta em determinada categoria porque transmitia uma péssima imagem da categoria envolvida.

Existem tantos outros (pasme: que são premiados) que a gente diz “misericórdia!”. Mas, vamos ficar só esses dois exemplos entre tantos, bons e questionáveis, em minha opinião.

Agora, pense comigo: o que será que leva um profissional a participar de/produzir um trabalho questionável como esse que para vender um veículo precisa transmitir uma imagem distorcida de uma categoria? Seria a fome pela fama? Seria o dinheiro? Onde ficam os valores humanos de que tanto se fala dentro das organizações?

Bom, você pode dizer, eu não sou da área de criação, portanto, não tenho com o que me preocupar. Eu devo discordar se você pensar assim, de alguma forma você pode contribuir para disciplinar e orientar a criatividade das pessoas. No mínimo, use a sua criatividade para o bem, para coisas agradáveis. Também, procure agir sempre de acordo com os seus princípios pessoais e profissionais, os quais, presumo, incluem respeito aos valores de outros profissionais e à sociedade como um todo.

*Nelson Fukuyama, é Diretor da Yama Educacional, Editor-Chefe e Autor de artigos do portal DicasProfissionais e também Colunista do portal Carreira&Sucesso da Catho. Foi Auditor, Controller, Superintendente e Diretor de Administração, Finanças e Recursos Humanos de empresas nacionais e multinacionais e também Consultor de Empresas e Negócios.

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