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Quem pensa estar em pé, tome cuidado para não cair

Posted: 22 de fevereiro de 2017 às 6:00 am   /   by   /   comments (0)

Toni Sando*

Já assisti algumas apresentações de Amyr Klink e li um de seus livros. Em uma de suas aventuras, recordo-me do que ele falou a respeito de sua primeira viagem, sozinho, em uma pequena embarcação, rumo à Antártica.

Ele planejou minuciosamente todos os detalhes e manteve-se sempre atento e concentrado durante a navegação.

Após a fantástica experiência na Terra do Gelo, ele começou a viagem de volta, porém próximo a Paraty, onde reside, resolveu relaxar e dormir um pouco a mais, afinal foram seis meses de total concentração e atenção. E foi aí, nessa etapa final de viagem, que ele quase pôs tudo a perder. Acordou assustado pela buzina de um navio cargueiro que vinha em sua direção. Teve que remar muito para mudar a direção de seu barco, e foi por muito pouco que essa primeira de uma série de fantásticas viagens não acabou ali mesmo.

Esta história tem muito a ver em como nós nos comportamos em águas calmas. Se não estivermos atentos às mudanças do vento, que o mercado, ironicamente nos arma, o conforto e a falta de estresse em nosso dia a dia muitas vezes nos jogam exatamente contra um grande navio.

No início do Cristianismo, o apóstolo Paulo escreveu exatamente sobre isso aos Coríntios, na Grécia. Aliás, o início da queda começa quando achamos que estamos em pé.

Viajando para nossa realidade, o mercado em que atuamos, onde a prosperidade e os bons índices são comemorados, algumas nuvens no céu podem ser avistadas. A vulnerabilidade da economia mundial pode se transformar no tsunami do amanhã. Por isso, precisamos estar mais do que atentos.

Acredito que ninguém está numa zona de conforto, e se alguém achar que está é melhor começar a ler a Bíblia com mais atenção. Devemos sempre comemorar os bons resultados e o cumprimento das metas estabelecidas. Sempre. Mas, ao estabelecer as metas para o próximo ano (sempre crescente), é bom considerar as tempestades que hão de vir, para não frustrar os profissionais que dedicam boa parte de sua vida pela vida das empresas.

Afirmo que não estamos no limite de nossa capacidade física. Há muito espaço para crescer, e assim como quando programamos uma viagem em outro importante destino, devemos fazê-lo com planejamento e adequando a agenda à disponibilidade. Todos podem ganhar com isso.

Temos muito para crescer, mas sempre com cautela, para nunca cair.

*Toni Sando publicou este artigo no portal Carreira&Sucesso da Catho