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Será mesmo que tudo é culpa da crise?

Posted: 16 de janeiro de 2017 às 8:00 am   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

De repente, você para e questiona: espera um pouco, que mundo que vivemos? muitas empresas estão encerrando suas atividades e demitindo profissionais sem pagar sequer os seus direitos trabalhistas, outras estão fazendo acordo com seus funcionários para que eles fiquem por um período de tempo em casa, até sem remuneração; outras estão deixando de pagar integralmente os salários de funcionários; fora aquelas que estão congelando aumentos salariais e promoções e deixam de pagar seus fornecedores ou deixam de investir em projetos importantes. Todas alegam que estão agindo assim por causa da crise.

Quer ver uma notícia que tem muito a ver com isso. No último sábado, 14/01/2017, o jornal Estado de São Paulo publicou um artigo “Milhares de trabalhadores ainda não receberam 13º – um grande número de empresas, a maioria de pequeno porte, virou o ano sem quitar integralmente o 13.º salário de seus funcionários”. E continua “segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, entre elas estão 2.150 companhias do setor, de um total de 27 mil. No comércio, cerca de 2 mil pessoas teriam sido afetadas e, entre os metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes, 1,3 mil trabalhadores”.

Isso porque estamos falando apenas do pagamento do 13º salário, sobre o qual o Estadão ainda diz “Atraso no pagamento do 13º bate recorde Na construção, 2.150 empresas atrasaram o pagamento; em 2015, foram 87”.

Mas, dar calote parece que virou moda. A empresa não vende, a empresa não paga. O funcionário não recebe, e não paga os seus compromissos. Na verdade, ele trabalha o mês todo sendo que para trabalhar já teve os seus gastos com condução, com alimentação e outros. Com isso, ele deixa de cumprir os seus compromissos pessoais e mais, deixa de consumir, deixa de pagar as prestações, inclusive deixa de estudar.

Por que estou escrevendo sobre isso?

Pode ser que você seja uma das pessoas sorteadas com essa situação e, como eu disse no começo, deve estar se questionando se a crise é mesmo a culpada de tudo o que acontece e qual o melhor caminho para sair dessa situação?

Primeiro, você precisa entender que parece que muitas das empresas e pessoas estão usando a crise como uma “desculpa” para fugir de seus compromissos. Se o seu chefe diz, por exemplo, que não pode dar o seu aumento ou a sua promoção por conta da crise ou se a empresa ainda não pagou o seu 13ª, não seria o caso de perguntar a ele se ele também deixou de receber o dele? Ou será que a empresa só teve o recurso necessário para pagar aquele banquete de final de ano? Ou ainda por que a empresa decidiu patrocinar aquela partida de futebol daquele time “perna-de-pau”?

Segundo, você precisa entender que diante da crise, qualquer que seja o motivo ou a “desculpa”, você PRECISA ser criativa(o) e gerenciar bem a situação.

Ser criativa(o) significa que você precisa “se virar”. Tem que agir como algumas pessoas que deram depoimento no artigo do Estadão: não recebeu o salário, fez “bico”, reduziu despesas pessoais.

É assim que infelizmente se lida com essa situação.

Quer ler o artigo publicado pelo Estadão? Eis o link
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,atraso-no-pagamento-do-13-bate-recorde,10000100021

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, é Diretor e Administrador da Yama Educacional e Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho, da Revista Atitude Empreendedora e Administradores.com para os quais fala sobre comportamento no ambiente de trabalho, com base em sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais.