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Tenha educação, por gentileza

Posted: 18 de julho de 2016 às 7:30 am   /   by   /   comments (0)

Marcos Gross Scharf*

Está faltando educação e cordialidade às pessoas no dia a dia. Sob a pressão do tempo e das metas de produção, muita gente anda esquecendo de dizer “por favor”, “obrigado” ou simplesmente “bom-dia”.

A comunicação mal-educada reproduz a correria obstinada por resultados, lucros e números que impera nestes dias competitivos. Sem perceber, vamos direto ao ponto e “atropelamos” nossos interlocutores com solicitações agressivas e “comunicação seca”.

O contato com os outros ficou em segundo plano. É como se não precisássemos solicitar nada a ninguém: o que vale a pena é o objetivo que almejamos, não importando se há pessoas no início, meio e final do processo.

Sabemos que as grandes cidades facilitam a impessoalidade e o esfriamento das relações. Nas metrópoles superpopulosas, onde reina o perigo, a agressividade e a desconfiança entre os cidadãos, é natural que cada um aja para si, evitando contato e perda de tempo com estranhos.

No entanto, condicionados pelo corre-corre e pela busca dos nossos interesses, desaprendemos a falar as “palavras mágicas” que abrem os caminhos e os relacionamentos interpessoais como “bom-dia”, “agradeço a sua atenção” e “por gentileza”, que pouco a pouco vão sumindo do nosso vocabulário.

A falta de educação nos relacionamentos interpessoais tem se mostrado contraproducente na medida em que dependemos das pessoas para realizar nossas tarefas e, para que possam ser bem-sucedidos, precisamos estabelecer empatia.

Diversos e-mails e textos têm omitido palavras educadas. Como consequência, as relações profissionais e pessoais ficam prejudicadas pela frieza e rigidez dos comunicadores. Os textos nos quais faltam palavras cordiais são um prato cheio para a desmotivação e a retaliação de quem os lê, atrasando processos e atrapalhando o funcionamento das organizações.

A experiência da cultura brasileira mostra que quando economizamos na polidez com o interlocutor, encontramos pessoas fechadas e pouco dispostas a colaborar conosco. Nas oportunidades em que somos gentis, em resposta à nossa boa vontade, os outros nos retribuem a gentileza, gerando harmonia e possibilidade de mais motivação e colaboração.

No plano não verbal, polidez significa dar atenção para as pessoas quando conversamos com elas, dirigindo o corpo e o olhar para nosso interlocutor no momento que ele nos dirige uma palavra, sinalizando que o respeitamos e estamos atentos as suas colocações.

Na dúvida, seja gentil, por gentileza!

*Marcos Gross Scharf – mcgross@uol.com.br – Diretor da McGross, treinamento e consultoria, Mestre e especialista em Gestão de comunicação. Este artigo foi publicado anteriormente no portal Carreira&Sucesso da Catho.