Trabalho remoto: os prós e os contras

Juliana Fukuyama Ataíde*

Há alguns anos venho desenvolvendo a minha atividade profissional em minha própria casa, em uma grande cidade do Nordeste para a qual me mudei há alguns anos. No meu caso, tenho um contrato fixo com uma empresa para a qual presto serviço ininterrupto, mas, ganho por serviço prestado.

Devo lembrar que há muitas vantagens.

A primeira delas é que devido á minha formação e experiência, posso executar todo o trabalho a partir de minha casa, sem necessidade de qualquer tipo de supervisão, e sem necessidade de deslocamento físico até essa empresa.

A segunda vantagem é ter uma estrutura montada que permite interagir com a empresa e, porque não, com o mundo exterior. Graças ao meu notebook de última geração e de alta resolução, acesso à internet de alta velocidade e meu smartphone posso conversar mesmo com as pessoas envolvidas, para esclarecimento de dúvidas sobre o trabalho realizado. Aliás, por conta desta estrutura, posso trabalhar, às vezes, para variar um pouco, em locais públicos como cafés, livrarias, onde me sinto bem a vontade.

A terceira vantagem é que elimino a perda de tempo com congestionamentos terríveis da cidade e com essa economia posso me dedicar mais ao meu trabalho.

A quarta vantagem é que posso acompanhar o crescimento das minhas filhas, especialmente no seu desenvolvimento escolar, além, é claro, de estar mais presente em casa, cuidando das minhas atividades domésticas e vida social.

A quinta vantagem, tenho rendimento mensal, que é muito importante para a nossa subsistência.

Claro, há pontos menos vantajosos.

No meu caso, sinto falta de estar em um ambiente empresarial, para participar mais ativamente do que acontece em outras áreas que não ligadas à minha atividade. Eu reconheço que o relacionamento interpessoal é muito importante também para o meu crescimento profissional.

Outro aspecto que me preocupa é o meu desenvolvimento técnico. Como não tenho uma ligação com a empresa, tenho que estar constantemente atenta para dispensar tempo para conhecer e estudar novas técnicas e novas ideias que acontecem em minha área de atuação.

Por fim, dentre outros pontos desvantajosos é que eu não tenho um rendimento fixo, e assim, portanto, eu preciso produzir para ganhar o meu pagamento de final do mês. Neste esquema, não tenho direito aos demais benefícios sociais como férias, 13º salário e outros, como tem outros profissionais que trabalham sob o regime de trabalho assalariado.

Para finalizar, lembrando que a disciplina e a concentração são elementos fundamentais para se realizar um trabalho com resultados, vale colocar na balança um aspecto muito importante para quem desejar trabalhar a partir de sua casa que é a qualidade de vida.

É o que eu vivo, e é o que eu recomendo, vale a pena.

*Juliana Fukuyama Ataíde é graduada em Odontologia e tem Especialização em Diagnóstico por Imagens Odontológico.