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Tudo é vaidade

Posted: 9 de junho de 2017 às 5:15 pm   /   by   /   comments (0)

Lucilene Antunes*

Já dizia o pregador: – Debaixo do céu tudo é vaidade e aflição de espírito. Segundo a Bíblia isso foi dito pelo homem mais sábio que já existiu e jamais existirá outro: o rei Salomão.

Se analisarmos friamente veremos que uma grande parte das nossas aflições é gerada realmente pelo nosso ego, ou seja, nossa vaidade, nossa necessidade enorme de sermos aceitos, de sermos reconhecidos, de sermos admirados, de sermos aplaudidos.

Quantas guerras não começaram por pura vaidade? Quantas vidas ainda hoje não são ceifadas apenas por opiniões diferentes, por pura vaidade em dizer eu estou certo e você errado?

É a vaidade que não nos deixa entender que duas opiniões podem ser totalmente diferentes e as duas estarem certas. É o nosso ego que manda que tenhamos um lado, que firmemos nossa posição, que discordemos do que é diferente sem pensar que também pode ser certo.

É a vaidade que faz com que muitas empresas fechem pois não se aceita compartilhar idéias, não se aceita fazer o que for iniciativa do outro, a idéia predominante é o que for meu é sempre melhor e eu vou colaborar apenas se eu ficar com os méritos.

É o nosso ego que diz que é melhor mandar do que obedecer, é melhor ser servido do que servir, é melhor falar do que ouvir, é melhor um elogio do que uma crítica. É o nosso ego que nos distancia de nossa verdadeira essência aquela que é humilde e deseja o bem. É o nosso ego que quer ser alimentado e se distancia de tudo o que o diminui.

Em muitos relacionamentos o ego atrapalha fazendo com o que era pra ser amor vire uma disputa sobre quem tem mais poder, quem seduz mais, quem está com a razão.

Não se aceita ouvir o outro e pensar que se a opinião dele é diferente da minha quem sabe nós dois não temos razão e juntos podemos buscar o meio termo que seja favorável para ambos?

A Biblia diz que dos homens nascidos de mulher nunca houve alguém maior do que João Batista, e a razão é que ele era totalmente desprovido de vaidade, essa vaidade que Jesus condenava e chamava de fariseus hipócritas os que queriam orar nas ruas para serem vistos pelos homens, essa necessidade de ser reconhecidos e aplaudidos, era isso que Ele queria nos alertar. João Batista era humilde e quando perguntaram quem era ele disse apenas que era a voz que clama no deserto, simples assim, sem vaidade.

Se analisarmos bem veremos que é por vaidade que guardamos mágoas, que é por vaidade que não perdoamos, é a vaidade que impede nosso crescimento profissional, pessoal e espiritual. O medo de sermos ridicularizados, de não sermos aceitos, é por esse medo que deixamos de lutar, de fazer o que é certo. O nosso ego nos impede de aceitar a nós mesmos e aos outros como eles são, sem querer mudá-los.

A vaidade é a grande opositora da caridade, do perdão, dos bons princípios, dos valores corretos, é esse nosso ego gigante que nos faz acreditar que sofremos por amor quando é apenas ego, apenas vaidade.

Vamos refletir sobre diversas situações profissionais, pessoais e espirituais que já passamos e pensem como tudo seria diferente se conseguíssemos controlar nosso ego: os resultados seriam bem, bem diferentes. Acabariam as disputas, as discórdias, entenderíamos finalmente o que é o verdadeiro amor, o que é vivermos em paz e harmonia.

Já que somos humanos e provavelmente nunca conseguiremos dominar totalmente nosso ego pedimos a Deus que nos ajude a reconhecê-lo como nosso principal oponente e que saibamos, no mínimo, identificá-lo e nos recusarmos com amor a sermos presas de suas certezas e exibicionismo, buscando sempre a verdade e a justiça reconhecendo em nós mesmos apenas criaturas sujeitas as leis e vontade de seu Criador!

*Lucilene Antunes é Micro empresária há 22 anos no comércio varejista de roupas e calçados Formada em Administração de empresas com especialização em Marketing. Pós Graduação em Recursos Humanos. Este artigo foi publicado originalmente no portal Artigonal www.artigonal.com