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Videocurrículo

Posted: 8 de maio de 2009 às 5:51 pm   /   by   /   comments (0)

 

Muito tem se falado sobre videocurrículo. Mas será que vale realmente a pena fazer? Quais os riscos e vantagens de se ter um?

Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, explica um pouco mais sobre o assunto. Segundo ele, em primeiro lugar, é importante compreender que, assim como o currículo tradicional, em papel ou eletrônico, o videocurrículo é uma ferramenta de marketing que tem um único objetivo: despertar o interesse do contratante para uma entrevista presencial.

“Na maior parte das vezes, ele é visto após o contratante ter olhado o currículo do candidato. Portanto, servirá apenas para aumentar o desejo em chamar o profissional”, explica Abrileri.

Com isso em mente, o especialista sugere que a pessoa construa um que seja realmente atraente e que cumpra seu papel, lembrando que o foco dele não é contar tudo sobre a carreira, mas, sim, dar um “gostinho” ao recrutador sobre suas principais qualificações de modo a conquistar uma entrevista presencial.

“O maior cuidado que ele deve tomar é para que o vídeo não tire o interesse do contratante em chamar para uma entrevista presencial, caso o currículo tradicional já tenha conseguido isso”, alerta o executivo.

Há basicamente três formas de se fazer um videocurrículo:

1. Conversando com a câmera

Este é um modo eficaz. No entanto o candidato tem que vencer o medo de falar com a câmera e, talvez, para chegar a um bom resultado final, poderá levar tempo.

2. Em modo de entrevista (sendo entrevistado por alguém)

Aqui, escolhe-se alguém para ser o entrevistador, que fica de costas para a câmera. O candidato conversa com o entrevistador, responde às perguntas que este faz e não olha para a câmera. Este formato ajuda muito a maioria, pois além de ter a condução de alguém, evita que o candidato converse com a câmera, situação nova para a maior parte das pessoas. Depois da gravação, edita-se o vídeo e pode-se retirar as perguntas do entrevistador, desde que as respostas do candidato sejam introduzidas, com sentido completo, tornando as perguntas desnecessárias para o entendimento do que se diz.

3. Como se fosse um institucional de empresa

Neste último formato, pode-se contratar uma empresa para produzir o vídeocurrículo. Este é o menos indicado dos três, pois é o de maior custo e o que, caso não seja muito bem feito e dirigido, pode acabar caindo no ridículo.

Além dos formatos, seguem abaixo outros aspectos que fazem a diferença nessa nova maneira de divulgar os dados profissionais e que devem ser levados em conta para causar uma boa impressão:

Vestimentas: devem ser compatíveis com o dia-a-dia do profissional que você quer ser, conforme seus objetivos no trabalho. Evite informalidade em excesso.

Fundo da imagem adequado, simples, despoluído: o fundo deve ser o mais plano possível, para não distrair a atenção de quem vê o vídeo. Quanto mais simples, melhor. Lembre-se: menos é mais.

Clareza na voz, evitar ruídos externos: escolha um ambiente livre de poluição sonora. Se for possível gravar dentro de um estúdio sonoro com boas condições de luz, melhor. Se não, uma sala mais isolada resolve, de preferência acarpetada para obter boa acústica.

Criatividade – fazer diferente, mas com bom senso: sim, é importante buscar fazer a diferença e chamar a atenção. Mas cuidado para não descaracterizar a intenção do videocurrículo, que é passar uma imagem altamente profissional.

Espontaneidade – treinar até parecer espontâneo e evitar leitura direta: seja você mesmo! Você deve treinar para o vídeo assim como treinará para entrevistas, dinâmicas de grupo e apresentações pessoais. Evite ler textos e roteiros na frente da câmera. Treine o que vai dizer até que realmente se torne espontâneo. Peça a opinião de outras pessoas antes de gravar.

Objetividade – por que você está ali: componha uma apresentação de, no máximo, 2 minutos e que deixe bem claro:

• Quem você é

• O que você faz de melhor

• O que você quer para sua carreira

• O que você já realizou de mais importante e interessante

• Por que a empresa deve chamá-lo para uma entrevista (mostrando diferenciais, formação, qualificações, estilo profissional)

“Seguindo esses passos, o candidato terá grandes chances de conseguir a entrevista presencial. Cabe a ele, nesse momento, também ter um bom desempenho e postura”, finaliza o executivo.