Você está sempre ocupada(o), mas exatamente com o quê?

Você está sempre ocupada(o), mas exatamente com o quê? Será mesmo que o volume de trabalho que você tem diariamente te absorve completamente e não deixa tempo para cuidar de outros assuntos?

Nelson Fukuyama*

Li certa vez um conselho “interessante” para quem trabalha em um escritório e precisa mostrar que está sempre muito ocupado: quando estiver indo ao toilette, além de ficar com uma expressão facial muito séria, ande de forma bem firme, e não se esqueça de carregar sempre uma folha de papel sulfite em sua mão, assim você passará a impressão as demais pessoas que você está muito, mas muito ocupada(o)…

Não sei se você observou que eu coloquei aspas nas palavras “conselho interessante” porque talvez não seja esse um conselho, mas mais uma dica *não honesta” de fingir uma postura no trabalho, qualquer que seja, não só em um escritório mas também em qualquer atividade.

De fato, a gente muitas vezes quer mostrar que anda muito ocupado. Veja se você reconhece algumas das situações a seguir:

“Aquele relatório? me perdoe, eu estive muito ocupado e não deu tempo para fazer”.

“Aquele email que você me enviou? quando? não li, deve ter caído na minha caixa de spam que anda tão lotada”

“Nossa! eu estava tão cheio de preocupações que nem tive tempo de ir ao banco para fazer o depósito que lhe prometi”.

Para tudo existe uma desculpa. Se alguém pede uma ajuda você diz “não posso, estou ocupada(o). Se toca o telefone você diz “atenda aí porque eu não posso falar agora”. Se alguém vê um cliente que aparenta uma venda não interessante você pede a alguém que o atenda…e por aí vai, inclusive valendo para a vida pessoal…”nossa! me esqueci completamente do seu aniversário, posso dar os parabéns atrasado?”…

Vai ver não é nada disso.

Você estava sem tempo, mas teve tempo mais do que suficiente para fica lendo mensagens e falando no celular, e tomar o seu sorvete na hora do almoço, e ir ao shopping comprar aquela blusa maravilhosa…

Não teve tempo de ir à sua aula de Inglês, mas pôde ir ao cinema com as amigas…

Há, enfim, muitos exemplos, mas, não está mais do que na hora de rever a “importância” daquilo que você anda fazendo?

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, é Diretor e Administrador da Yama Educacional e Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho, da Revista Atitude Empreendedora e Administradores.com para os quais fala sobre comportamento no ambiente de trabalho, com base em sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais.