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Você quer ser ajudado ou quer ficar acomodado?

Posted: 16 de agosto de 2017 às 4:00 pm   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Um dia desses estava conversando com uma professora da rede de escola pública sobre utopia, trabalho e inserção de jovens no mundo “globalizado em que vivemos”. Essa pessoa está muito preocupada em prestar um serviço ideal de inserção social dos jovens e ao mesmo tempo está muito dedicada em estudar os fatores que levam os jovens de bairros da periferia a não se desenvolverem satisfatoriamente em seus estudos. Sua batalha é para os que estão desmotivados a ficarem interessados em alguma coisa na vida.

Sem querer tocar no mérito das conclusões a que ela atingiu com seu trabalho, eu estava discutindo alguns motivos que levam os jovens a serem incomodados, e ajuda-los a batalharem por algum ideal de vida. E eu me baseei no perfil dos jovens usuários de nossos serviços online e eventos. Esses demonstram um certo comprometimento com seus estudos, sua carreira e com eles mesmos. Temos um certo orgulho de dizer que esse nosso jovem usuário é uma exceção no universo jovem e que vale a pena ser ajudado. Por várias razões:

1. O nosso jovem realmente carente que utiliza nossos serviços é o mais dedicado em seu estudo e desenvolvimento. Ele sabe que valerá a pena investir tempo em sua educação, que terá sucesso em sua vida, apesar de todos os obstáculos e oposições (muitas vezes ele é desestimulado até pelos seus professores que lhe perguntam “por que estudar, se o máximo que poderá atingir em sua vida será um cargo de servente de pedreiro?”).

2. Os nossos “mauricinhos” e “patricinhas” são também dedicados, porque sabem da importância de uma boa escolha de carreira, de uma boa escolha de faculdade. Sabem que vale a pena investir (e vários deles fazem isso) em uma passagem aérea para participar de um evento, porque isso lhe trará grandes satisfações no futuro.

Esses dois grupos poderiam fazer parte de qualquer comunidade em cidades grandes ou pequenas. Seria uma parte distinta da sociedade. Porque ao seu lado estariam aqueles “outros” grupos dos descomprometidos. Aqueles que não querem ser incomodados. Por exemplo:

1. Levam a sua vida na maciota. Para esses, nada vale a pena. Seja na escola ou no trabalho, sua idéia é de que um dia, alguma coisa cairá do céu e mudará o destino de suas vidas. Não há necessidade de esquentar a cabeça com nada. Se nada acontecer também, paciência!

2. Não vale a pena investir na sua própria formação. Passar um dia inteiro em um evento? Jamais! Investir alguns reais em um evento? Nem pensar! Para esses, investir reais em um evento de interesse para seu futuro é um desperdício. Melhor é investir em um show de rock (geralmente as bandas de rock conseguem lotar estádios com gente assim. Aliás, com roupas umas mais doidas que as outras). Melhor é investir em uma balada. Investir nessas coisas com certeza vale mais do que “gastar” com eventos de educação. Para esses que não querem ser incomodados, naturalmente.

Se nós analisarmos esses dois grupos, quem está certo? Culpa de quem? Pior para quem? Da para prever qual a conseqüência disso? Talvez não seja possível chegar a uma conclusão. Mas, você está em qual dos grupos?

*Nelson Fukuyama é Co-Fundador, Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor e Administrador da Yama Educacional e Colunista dos portais Carreira&Sucesso, da Catho e Administradores.com para os quais fala sobre comportamento no ambiente de trabalho, com base em sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais.