Você tem carisma?

por Nelson Fukuyama*

Você já percebeu como certas pessoas têm o dom de encantar multidões com suas palavras e atitudes? Só para lembrar algumas, veja o caso de artistas como Ivete Sangalo, Zezé de Camargo e Luciano, Vitor e Léo, de jogadores como Pelé, Ronaldo, Neymar. Esses e outros tantos demonstram que têm um dom especial, um dom conferido por Deus, como diz a origem da palavra carisma.

Como explicar essa característica tão singular dessas pessoas que provocam tanta agitação, não é mesmo? Basta chegar a algum lugar, já chamam a atenção de todos. Exatamente por apresentarem uma “diferença” em relação ás demais, por essa capacidade de chamar a atenção pessoas, acabam assumindo um papel de formadores de opinião, de liderança onde estiverem e conseguem trazer excelentes resultados para si mesmas e para outras pessoas, não por um curto espaço de tempo mas por um longo período de liderança.

Assim acontece também no ambiente profissional, dentro das organizações ou no dia a dia dos profissionais. Temos ótimos exemplos de líderes carismáticos em diversas áreas. São profissionais que por seu carisma arrastam multidões para suas idéias e projetos. Que dizer da figura que representa o Nizan Guanaes para o mercado publicitário, ou que representou Dorina Nowill para os deficientes visuais, ou Mário Covas para a política? Esses deram a sua contribuição e aproveitaram o momento. E continuam vivos na memória da massa, como é o caso do Ayrton Senna, ainda como exemplo.

Infelizmente, não deveriam existir apenas alguns, mas serem muitos profissionais carismáticos. É uma pena notar que nem todo profissional que é indicado para uma posição de liderança possui essa característica. Geralmente são profissionais da área técnica, naturalmente que se destacam por sua capacidade técnica, que são guindados às posições de liderança, indicados por algum motivo para a liderança e que infelizmente não se preocupam em, no mínimo, se esforçarem para serem carismáticos, se é que essa característica possa ser adquirida á força.

Ainda falando do caso dos artistas, muitos têm condições para “estourar”, fazer parte de um momento musical, artístico, onde outros tantos já deram o seu sangue para colocar a atividade em destaque, fizeram sua fama e continuam fazendo. Mas, os “sem carisma”, permanecem os mesmos, sem se envolverem, como querendo apenas serem levados pela massa, pela fama, que, naturalmente, pode ser curta.

Assim também ocorre dentro do mercado profissional de qualquer área de atividade. As organizações oferecem uma estrutura dinâmica, os seus líderes máximos se esforçam para levar adiante uma bandeira, uma idéia, suam para fazer com a massa sigam suas idéias e instruções. Líderes sem carisma,no entanto, estão preocupados apenas com a sua pose de “chefe”, sem dar a sua contribuição para que as massas ajam no mesmo sentido da força máxima. Dão a entender que posição que ocupam está confortável, e que não precisam fazer nada mais do que continuar adiante.

Precisamos de muitos líderes carismáticos dentro das organizações. Daqueles que esbanjam competência e simpatia, que atuem com espírito coletivo, que provoquem mudanças no comportamento dos demais colegas e que sejam modelos, daqueles que todos querem se aproximar. O que você pensa?

* Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do Dicas Profissionais e Diretor da Yama Educacional.