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O nome da faculdade pesa no currículo?

Posted: 9 de março de 2009 às 6:47 pm   /   by   /   comments (0)

*Por Mariana Parizotto

Quantas vezes você já ouviu dizer que o nome da faculdade pesa na hora de buscar um emprego, estágio ou ingressar em um programa de trainee? Pensando nisso, o Dicas Profissionais consultou dois especialistas em Recursos Humanos para explicarem se isto é mito ou verdade.

Segundo Paulo Ishimaru, Gerente de Comunicação do Grupo Soma, é um equívoco selecionar ou descartar um candidato levando em conta apenas o nome da Universidade, "podemos encontrar profissionais de ótimo nível que cursam ou cursaram faculdades sem muita tradição", opina.

Porém, o gerente afirma que algumas empresas utilizam este critério para contratar seus funcionários. "Algumas instituições são mais conhecidas que outras em determinados cursos, isso leva alguns profissionais de recrutamento a prestar mais atenção nesses currículos. Mas para um processo seletivo ser assertivo outros processos devem ser feitos para verificar o potencial do candidato", ressalta Paulo Ishimaru.

Para Vânia Alencar, Gerente de Consultoria em Recursos Humanos da Luandre, realizar um curso de graduação já é importante no perfil do profissional, mas é preciso levar em conta que muitas empresas selecionam seus candidatos a partir do nome faculdade, "Uma Instituição Conceituada é um destaque de peso em um currículo, pois as empresas entendem que as Faculdades de 1º linha contribuem melhor para o desenvolvimento acadêmico e técnico do profissional para o mercado de trabalho", explica.

Paulo Ishimaru acredita que muitas vezes o nome da faculdade acaba pesando por causa da especificidade do cargo oferecido, portanto o candidato deve ficar atento se o seu currículo contempla as exigências da vaga. "Por exemplo, são poucas faculdades privadas brasileiras que têm grande tradição em pesquisa. Se uma determinada empresa necessitar de um pesquisador, provavelmente ela buscará um profissional com formação em faculdades públicas".

Em áreas como Engenharia, Marketing, Administração e Economia é mais comum, de acordo com Vânia Alencar, a preferência das empresas por determinadas faculdades, "FEI, FAAP, PUC, USP, Mackenzie, IBMEC, FGV e MAUÁ encabeçam a lista das mais bem aceitas em são Paulo", informa.

Outro fator que merece ser ressaltado é a questão do quanto o nome da faculdade pode abrir portas para quem está ingressando no mercado de trabalho. Neste período, a pessoa ainda não tem muita experiência no mercado de trabalho, então a formação acadêmica pode ter um peso maior, pois o recrutador não terá muitos outros critérios para avaliar se o candidato é ou não um bom profissional.

"Quando as pessoas quando buscam uma formação acadêmica devem pesquisar o máximo possível sobre a instituição. Referências de ex-alunos, de professores e de mercado. Faculdades com tradição e de qualidade são fáceis de ser identificadas. Às vezes é melhor investir um pouco mais na carreira do que não obter retorno profissional", aconselha o Gerente de Comunicação do Grupo Soma.

No entanto, isso não significa que o mercado está fechado para as pessoas que não cursaram faculdades renomadas. Cursos técnicos, idiomas, a capacidade de relacionamento com outras pessoas, pós-graduação e experiência internacional são aspectos que valorizam muito o profissional. "Apontar, por exemplo, o trabalho de conclusão de curso, caso esse tenha sido de boa qualidade também é uma boa saída. O importante é ele se manter atualizado. Não importa se ele cursou faculdades conhecidas ou não", reforça Ishimaru.

O nome á faculdade pode contar em determinadas situações, mas o candidato deve estar ciente de que o currículo não é avaliado pontualmente. O selecionador analisa a coerência, o histórico e as especificidades de maneira uniforme. Cabe ao candidato se preparar para o que o mercado está exigindo!

*Mariana Parizotto é jornalista do Dicas Profissionais.