Artigos
Tomar decisões não é uma tarefa fácil
Nelson Fukuyama*
Se pensarmos bem nem sempre a gente tem condições de decidir tudo na nossa vida. Pense nas coisas complexas: não podemos escolher nascer e morrer, por exemplo, ou decidir sobre a cor dos nossos olhos. Pense em coisas simples: demoramos para escolher a roupa para ir ao trabalho ou sair. Tudo depende de nossas decisões e tomar decisões não é uma tarefa fácil.
Quando jovens tomamos decisão sobre a escolha da nossa carreira. Em muitos casos, apesar de tantos argumentos contrários que nos são apresentados pelas pessoas mais próximas a nós, optamos por uma carreira que nos motive, seja pela paixão por determinada atividade, seja pelo glamour, seja pela possibilidade de, com ela, poder ter fama e enriquecer.
Quando optamos pela universidade, sempre buscamos aquela que possa melhor nos capacitar e, de quebra, possa agregar, com o diploma, o valor à nossa carreira com a sua tradição e renome no mercado acadêmico e porque não no mercado de trabalho.
Quando nos aproximamos da pessoa amada também nos deixamos levar ora pelo coração ora por outros atrativos, mas tomamos a nossa decisão a qual muitas vezes não é a mesma de outras pessoas mais próximas que nos aconselham e orientam.
Quando ingressamos no mercado de trabalho buscamos, de preferência, a organização que mais nos interesse tanto para que possamos dedicar bem o nosso e esforço e tempo tanto que nos possa trazer o retorno que esperamos da nossa contribuição.
É assim que passamos a nossa vida toda, decidindo. Avaliando e decidindo. Crescemos na vida pessoal decidindo tomar atitudes melhores nos nossos relacionamentos. Crescemos na vida profissional porque tomamos decisões apropriadas quanto à carreira, quanto aos empregos.
Infelizmente, nem sempre acertamos e ganhamos. nem sempre as nossas decisões sobre determinado assunto ou outro são as mais acertadas. Daí, sofremos e, pior, fazemos outras pessoas sofrerem, somos forçados a arcar com as consequências.
Seguindo o que diz o ditado popular “errar é humano, permanecer no erro é burrice”, a melhor coisa a fazer é buscar alternativas para corrigir os nossos erros e tentar acertar. Se possível, minimizar as consequências que uma decisão errada possa trazer a nós, a pessoas queridas.
O importante é ser humilde e reconhecer que estamos sujeitos a erros. O importante é ser resiliente para retomar as rédeas da nossa vida e seguir adiante procurando mais acertar do que errar.
Plagiando Clarice Lispector, “não, não é fácil tomar decisões”.
*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho e da Revista Atitude Empreendedora, Palestrante do Dicas Profissionais Highlights 2013. Usa sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais para falar sobre comportamentos no ambiente de trabalho.