A criatividade nas empresas

* por Reinaldo do Carmo de Souza

A criatividade é cercada na maioria das empresas. Muitos dirigentes preferem tomar decisões baseados no que já deu certo no passado. As pequenas empresas são mais maleáveis, e nelas a criatividade pode se manifestar mais livremente.

Condicionamo-nos a velhas soluções e não saímos delas, pois é muito mais fácil repetir do que inovar. Para que inventar se o que praticamos tem tido resultado até agora? Se estivermos tendo algum sucesso, então, não aceitamos sequer pensar qualquer coisa, e o raciocínio é o mesmo. “Para que mudar, vocês estão ficando loucos? Está tudo funcionando”.

Há departamentos nas empresas que precisam manter tudo exatamente como é, pois, caso contrário, terão grandes dificuldades em produzir com eficiência e eficácia, entre estas, destacamos: vendas, e principalmente administração. Há, também, outros departamentos que precisam estar sempre criando novas soluções, entre estes encontramos o treinamento e o marketing.

Como somos muito mais eficazes na montagem e funcionamento de esquemas de comercialização e de administração, e menos eficazes em termos de treinamento e de marketing, na criatividade destes encontraram sérias e fortes barreiras para fazermos algo novo dentro do processo de funcionamento montado nas organizações, como: o departamento de vendas é a atividade fim, ele tem sempre poder para impedir que se modifiquem processos e formas de trabalhos. Não podemos ficar amarrados às estacas que não nos deveriam segurar e impedir de evoluir, de buscar novos caminhos e alternativas que, se corretas, nos possibilitariam avanços consideráveis. Eis por que quanto maior a estrutura de uma empresa, tanto menor a sua capacidade de evoluir, de se modificar.

Toda boa ideia, dentro de uma organização, precisa de um forte esquema de poder ao seu lado para ser colocada em execução; caso contrário, vai para o lixo. A lei do menor esforço é muito poderosa e está sempre de prontidão contra o que é novo. Para evoluir, é preciso estar disposto a quebrar as estacas do passado e uma forte dose de coragem ou poder.

* Reinaldo do Carmo de Souza é professor do Programa de Expansão Universitária da Universidade de Cuiabá – UNIC.