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A Profissão e a Ética

Posted: 22 de junho de 2018 às 6:00 am   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Princípios morais e éticos devem sempre nortear a atividade de um profissional em todos os momentos e situações. Isso deve ser válido não somente no que diz respeito aos mandamentos religiosos restritivos mais conhecidos “não matar” e “não roubar”. Os profissionais devem buscar pautar suas carreiras e atividades em valores e princípios que resultam em e acrescentem benefícios para a vida humana.

Pena que nem sempre é isso que acontece. Por falta de opção no mercado de trabalho, por comodismo, ou de maneira intencional, a verdade é que muitos acabam investindo, e muito, em atividades que não só não trazem benefício à vida humana nem à sua própria vida como trazem ou ajudam a trazer muitos males à sua vida e à das demais pessoas.

Muitos passam anos e anos trabalhando para indústrias cujas atividades podem representar um mal para a Humanidade. Se tal produto é prejudicial à saúde, se outros produtos acabam viciando as pessoas, ou podem provocar danos irreparáveis às pessoas, por que tem tanta gente dedicando suas inteligências para elas?

São campanhas e mais campanhas para combater os vícios, drogas, atividades ilícitas como sexo e jogos de azar. Há um tempo atrás li uma matéria onde uma jovem que se dizia de família evangélica, contava em entrevista, com um certo ar de quem estava tendo prazer e sucesso, como estava sendo a sua carreira no mercado de produção de filmes eróticos (ou pornográficos).

O que se pode entender é que os ensinamentos familiares e os princípios básicos de ética e moral que talvez tenham tido em sala de uma faculdade não foram suficientemente entendidos para que esses profissionais conduzissem suas vidas em outra direção.

Eu pessoalmente acredito que os profissionais deveriam aplicar sua capacidade em coisas produtivas para a sociedade. Além de evitar ser usada para disseminar males e vícios, a inteligência de muitos profissionais seria muito mais útil na produção de atividades que acrescentem valores às vidas humanas e que esses possam ser incentivados a evitar envolvimento com aquelas atividades e carreiras que tenham a finalidade de enriquecimento rápido, em formas variadas como jogos de azar e até mesmo programas no segmento de entretenimento como os que vemos sendo circulados por aí.

 

* Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do Dicas Profissionais e Diretor da Yama Educacional. Teve passagens por empresas de consultoria externa (atuais PriceWaterhouseCoopers, Ernst&Young, Binah), Conglomerado Financeiro nacional (Banco Itaú e Itaúsa), e empresas multinacionais (AkzoNobel, Laporte Group PLC e Walbro) como Auditor, Consultor, Controller, Superintendente e Diretor de Finanças e Administração.