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Acostume-se a fazer uma pausa durante o expediente de trabalho

Posted: 16 de agosto de 2012 às 5:34 pm   /   by   /   comments (0)

 

Nelson Fukuyama*

Já há algum tempo as empresas vêm mostrando esforços para proporcionar um ambiente de trabalho agradável para os seus colaboradores. Quando vi pela primeira vez essa experiência nos Estados Unidos, achei bem interessante. Na sede da multinacional em que trabalhava havia uma cafeteria onde o pessoal descansava durante os intervalos, tomando um refrigerante, um cafezinho ou um lanche, enquanto conversava. Anos depois, lembro que a nossa parceira AOL Brasil adotou esse mesmo conceito para seus escritórios: havia um espaço onde o pessoal ia para descansar por alguns minutos, e além de se servir de um refrigerante ou cafezinho, podia treinar lances em uma cesta de basquete ali instalada, sentar-se em um dos muitos puffs bem como disputar uma partida de tênis de mesa ou pebolim. Atualmente, algumas empresas disponibilizam academias e espaços para ginásticas para os seus funcionários, tudo para melhorar a sua qualidade de vida, sabendo que isso traz reflexo direto nos seus negócios.

É uma pena que ainda em muitos dos nossos escritórios e empresas essa prática de “dar um break”, além das pausas regulares para almoço e cafezinho, não seja estimulada. E a pensar que em muitas empresas o trabalho é desenvolvido em um ritmo de pressão total, desde o primeiro horário ou até altas horas da noite. Se trabalhar já é um ato nem sempre considerado prazeiroso, pode-se imaginar o que é ter que “aguentar” tantos fatores adversos como a dificuldade do trabalho em si, a pressão de tempo, as preferências de chefias e outras.

Daí a necessidade de os profissionais, especialmente nessas empresas onde o ritmo é mais acelerado, se conscientizarem de que eles mesmos é que precisam estabelecer as suas paradas durante o expediente, além daquelas pausas normais. Não precisa muito, basta parar, respirar, espreguiçar-se, onde estiverem.

Isso me faz lembrar um fato interessante para contar. Estávamos reunidos certa vez, cerca de sete pessoas, para discutir alguns assuntos tributários com um advogado e consultor da nossa empresa. Em meio à discussão, de repente, o nosso colega advogado, sem constrangimento, disse para todos: “gente, estou com uma dor de cabeça daquelas, vocês me perdoem mas eu vou sentar ali na minha cadeira, vou fechar os olhos por uns minutinhos e já volto”. Foi o que fez, ficou sentado com os olhos fechados e pouco tempo depois voltou para a conversa mais reanimado e pudemos concluir o assunto em discussão.

Nesse exemplo, a gente pode considerar algumas lições. O nosso colega advogado e consultor poderia ter adotado uma atitude diferente, ou seja, não demonstrar sua dor de cabeça, não mostrar fraqueza, mostrar-se ser um super-humano, e continuar a reunião a todo custo, mesmo sofrendo. E nem precisaria de muita justificativa para suspender a reunião, afinal ele era muito respeitado naquela época e suas opiniões eram uma lei para todo um grupo de empresas. Mas ele tomou a medida mais sensata para o momento que foi parar, fechar os olhos, respirar, e voltar recuperado.

Talvez a gente possa usar esse exemplo para mostrar como uma paradinha qualquer durante o expediente pode ajudar na melhoria da qualidade de vida, do ambiente de trabalho, da convivência entre os colegas de trabalho, sobretudo na melhoria de condições para continuar o dia a dia de trabalho. Portanto, acostume-se a parar alguns minutos para relaxar, “jogar conversa fora”, como dizemos, contar piadas, esticar as pernas, arejar a mente, até fechar os olhos. Tudo de forma moderada, bem entendido. Você vai perceber que haverá um aumento de produtividade dentro do ambiente de trabalho.

Adote essa prática, incentive outros colegas! Sua qualidade de vida vai agradecer.

*Nelson Fukuyama, atualmente Diretor da Yama Educacional, Co-Fundador, Editor-Chefe e Autor de artigos do portal DicasProfissionais foi Consultor, Executivo das áreas de Administração, Finanças e Recursos Humanos de empresas nacionais e multinacionais.

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