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Como conduzir uma carreira paralela

Ideias
Posted: 14 de fevereiro de 2014 às 7:34 am   /   by   /   comments (0)

 

Caio Lauer*

Seja por prazer ou dinheiro, muita gente já pensou em atuar em outra área profissional. Os gostos mudam, as necessidades vão surgindo, e a vida de cada um de nós se transforma com o passar dos anos, o que faz enxergarmos novas possibilidades de trabalho e realização. Neste contexto, desenvolver uma segunda carreira é importante, mas requer disciplina e certos cuidados.

Uma pesquisa feita em 2013 pela Pactive Consultoria em todo o país com mais de mil profissionais, apontou que 32% já pensaram em largar tudo e começar uma nova carreira, algumas vezes, e 26%, muitas vezes. Além disso, 65% deles gostariam de fazer algo mais ligado à sua personalidade.

“A pessoa pode buscar complementar a renda com uma segunda atividade, ou pode buscar a satisfação pessoal que não tem no trabalho começando uma segunda carreira. Por isso algumas começam como hobbies e passatempos até a pessoa se estabelecer e, de repente, até mudar de área”, relata Fábio Zugman, especialista em gestão de carreira.

De acordo com Zugman, é importante reconhecer que alguns interesses podem continuar em segundo plano por toda a vida: “Um administrador que goste de música, por exemplo, pode até começar a tocar em algum lugar e ganhar por isso nos fins de semana, mas pode querer continuar com sua carreira principal que oferece mais renda e segurança”.

Dicas fundamentais

Segundo Rosangela Souza, especialista em gestão empresarial e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do Profcerto, os seguintes elementos-chave devem nortear a decisão pela diversificação ou transição de carreira:

– Busca do autoconhecimento, mapeamento dos talentos e atividades que dão prazer;

– Verificação do mercado. Ver se é possível explorar o que foi percebido, em uma carreira paralela, sem prejudicar a atual. Se não for possível, se representar muito sacrifício, melhor adiar o plano em alguns anos;

– Exploração do networking e fazer prospecção de oportunidades;

– Organização do tempo, para que a carreira principal não seja comprometida, uma vez que a paralela ainda está começando;

– Observação sobre possibilidades de transição (é possível ter remuneração compatível com a primeira carreira? Estou mesmo exercendo meus talentos? Estou gostando da minha segunda carreira?);

– Decisão pela transição que pode ser de ruptura ou gradual, dependendo da profissão. Por exemplo, um dentista que quer ser professor de faculdade, pode, aos poucos, fechando agenda para um trabalho e abrindo para o outro, até se consolidar na segunda.

*Caio Lauer é Analista de Marketing e Comunicação da Catho. Este artigo foi publicado originariamente no portal Carreira&Sucesso.