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Conduzindo equipes em tempos de crise

Posted: 4 de fevereiro de 2016 às 7:00 am   /   by   /   comments (0)

Eduardo Zugaib*

Qual deve ser o verdadeiro papel de um Líder que esteja no momento conduzindo equipes em tempos de crise?

Há dois extremos que se deve evitar diante de uma crise, especialmente quando, pela pressão econômica, foi preciso demitir parte do time. Quem saiu da empresa, enfrentará a crise através de outra perspectiva, que é a do desemprego. É lamentável, mas é fato. Mas… e quem ficou?

O moral certamente está abalado, a insegurança teima em se instalar e isso pode criar um intenso cenário de disputa interna, de luta pela sobrevivência, onde se corre o risco de ‘concorrer’ mais dentro do que for a da empresa.

Uma das pontas perigosas é fingir que não está acontecendo nada. A outra é tentar trabalhar a insegurança como ‘motivador’, provocando um desgaste emocional muito maior do que o fato em si já está causando à equipe. Se o moral individual baixa, o da equipe também baixa. Se o moral da equipe baixa, que moral você espera que sua empresa tenha diante do cliente ou do mercado?

Seja gentil com sua equipe e você mesmo, reconhecendo aquilo que já deu certo.

Ilumine os erros na busca de soluções, não de culpados. Nunca os varra para baixo do tapete, mas também não os transforme em pauta única, em ladainha, pois isso só vai piorar a crise dentro da empresa. Fortaleça sua equipe através de um ambiente lúcido, porém positivo. “Sim, estamos juntos e juntos enfrentaremos essa fase desafiadora, trabalhando ao máximo passar por ela sem precisar efetuar mais ajustes internos. Viveremos um dia de cada vez, sem perder o olhar na nossa história e na nossa visão de futuro, que é onde estamos lastreados”.

Na tempestade, se todos coordenarem a remada, a sinergia gera a energia extra que ajuda a não penalizar ninguém individualmente. Mas, se cada um remar para um lado, imitamos a metáfora dos dois cavalos que, amarrados um ao outro e cada qual tentando seguir no sentido oposto, acabavam por não saírem do lugar, mesmo desempenhando um esforço tremendo.

*Eduardo Zugaib é escritor, autor do Best Seller “A Revolução do Pouquinho”, profissional de comunicação e marketing, professor de pós-graduação, palestrante motivacional e comportamental. Ministra treinamentos nas áreas de Desenvolvimento Humano e Performance Organizacional. www.eduardozugaib.com.br