Newsletter subscribe



Artigos

Evite as gafes da comunicação oral na entrevista

Posted: 18 de março de 2014 às 6:12 am   /   by   /   comments (0)

 

Caio Lauer*

Diversas características são avaliadas dentro de um processo seletivo, no entanto, além da parte técnica, uma competência que poucos se preocupam em trabalhar, e que pode fazer a diferença na escolha entre um ou outro profissional, é a comunicação oral.

Por ser um momento de avaliação, a entrevista de emprego exige uma postura séria e concisa. Porém, atualmente, o excesso de informalidades nos meios de comunicação e dos diálogos pessoais faz com que os indivíduos não saibam mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua portuguesa.

Um dos maiores erros neste contexto é passar uma imagem falsa: nos processos seletivos, muitas pessoas tentam se passar por alguém que, na verdade, não são. Forjam, de certa maneira, a formalidade, o que não convence o recrutador.

É importante que o profissional se policie. Ao invés de usar uma palavra difícil, que não saiba exatamente o significado ou tenha dificuldade em expressar, substitua por outra mais simples, que domina e que não vá se atrapalhar na hora de falar.

“As pessoas tentam acertar demais com palavras e expressões coloquiais, e acabam caindo em erros como o gerundismo e vícios de linguagem”, aponta o professor Elvio Peralta, diretor superintendente da Fundação Fisk, que oferece o curso “Português sem Tropeços”.

Para Peralta, o ideal é evitar gírias e expressões informais, “mas o pecado maior é tentar usar recursos que não domina e se equivocar”.

Visão do recrutador

A avaliação da comunicação oral é feita de acordo com o nível de exigência do cargo. Para funções operacionais, por exemplo, onde a comunicação não é uma grande exigência, existe uma tolerância maior com erros.

Já profissionais de setores ligados à área de Humanas devem ser mais exigidos na comunicação verbal, até porque esta é uma competência fundamental para o desenvolvimento do trabalho.

“Para o fechamento de uma vaga, também é importante envolver o gestor da área para que avalie se o candidato supre as reais necessidades”, conta Ilka Lopes, consultora da Luandre.

De acordo com ela, outra dificuldade está na avaliação de profissionais mais jovens, da nova geração: “Eles carregam total informalidade na comunicação. Apesar de escreverem mais do que gerações passadas, por conta da internet e das redes sociais, se apropriam da linguagem informal para a oralidade”.

Ainda para Ilka, a literatura ajuda muito no vocabulário. “Vejo que falta um pouco de empenho da nova geração neste sentido”, observa.

* Caio Lauer é Analista de Marketing e Comunicação da Catho. Este artigo foi publicado originariamente no portal Carreira&Sucesso.