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Instabilidade no currículo fecha portas no mercado

Posted: 9 de junho de 2014 às 9:13 am   /   by   /   comments (0)

 

Fernando Mantovani* 

Um dos maiores entraves para a carreira de um profissional é a instabilidade em seu currículo. No jargão da área de recrutamento, estamos falando do profissional “pula-pula”, aquele que nunca permanece mais do que um ou dois anos em um emprego. São cada vez mais frequentes os casos de empresas que vetam a participação de candidatos com esse perfil em seus processos seletivos.

A explicação é simples: se nos dois ou três últimos empregos o profissional não se desenvolveu no cargo, não promoveu realizações e nem completou projetos, por que motivo ele faria isso na empresa seguinte? Esse tipo de currículo é malvisto porque demonstra imaturidade e impaciência. Para as organizações, não é interessante ter alguém com esse perfil na equipe porque elas não veem retorno no investimento de tempo e dinheiro para treinar e adaptar esse profissional. A imagem que fica é que, quando chega o momento de dar frutos, o profissional se cansa e vai embora para outra oportunidade de carreira.

É claro que existem explicações plausíveis para uma permanência curta em uma empresa. Um mau relacionamento com o chefe, promessas que não foram cumpridas no momento da contratação ou até mesmo o surgimento de outra proposta irrecusável são perfeitamente compreensíveis. O problema é quando o profissional não consegue dar justificativas claras sobre o motivo das saídas de trabalhos anteriores, ou quando a permanência curta nos empregos torna-se um padrão.

A dica neste caso é: tenha um objetivo e um plano de carreira em mente e siga essa meta. Percebo no dia a dia que profissionais que não se mantêm nos empregos costumam não ter uma direção clara neste ponto. Para aqueles que buscam variedade de desafios, por que não considerar ser um profissional temporário e atuar em projetos especializados? Muitas empresas também oferecem mobilidade interna e desafios constantes. O importante é se planejar e ter foco – e, desta forma, construir uma boa imagem no mercado.

* Fernando Mantovani é Diretor Gerente responsável pela operação da Robert Half no Brasil. Escreve para o Blog Sua Carreira, Sua Gestão da Exame.Abril onde este artigo foi publicado originalmente.