Newsletter subscribe



Artigos

Inteligência Emocional

Posted: 1 de julho de 2008 às 6:17 pm   /   by   /   comments (0)

Por Mariana Parizotto

Muitas pessoas associam o fator Inteligência Emocional a livros de auto-ajuda que trazem fórmulas, pouco eficazes, de sucesso profissional e pessoal. Porém, engana-se quem acredita que a competência técnica é a única chave de uma carreira bem sucedida. Pesquisas revelam que 87% das demissões estão relacionadas à falta de competências emocionais, ou seja, a um baixo nível de Inteligência Emocional dos profissionais.

A Inteligência Emocional, como conceituou Daniel Goleman no livro Inteligência Emocional, é a capacidade de lidar com as próprias emoções e com as emoções dos outros e a partir disso contribuir de forma essencial para o seu desenvolvimento humano e da inteligência.

Trazendo este conceito pra o universo profissional, entende-se que pessoas com um alto grau de inteligência emocional estão mais bem preparadas para enfrentar as dificuldades do mundo corporativo. “È muito comum vermos pessoas brilhantes do ponto de vista técnico e do conhecimento em sua área, mas que por dificuldades de expressão, de relacionamento com os colegas, com o chefe, com os próprios clientes, acabam não deslanchando em termos de carreira”, afirma a Consultora Sênior do INSTITUTO MVC Denize Dutra.

De acordo com a consultora, ser inteligente emocionalmente envolve um conjunto de atributos como autoconhecimento, automotivação, autocontrole, empatia, sociabilidade, flexibilidade, assertividade entre outros. Tais características são extremamente valorizadas dentro do mercado de trabalho, pois a maioria das situações de trabalho envolve relacionamentos interpessoais, logo, pessoas com essas qualidades têm maiores chances de obter o sucesso na carreira.

Canalizar emoções, controlar impulsos e persistir diante de frustrações são elementos que também fazem parte das competências de um profissional com elevado grau de Inteligência Emocional. A ausência destas qualidades compromete não só a atuação do profissional como também o bom funcionamento das equipes de trabalho e a produtividade.

Goleman atribui esses problemas, em seu livro, ao fato de algumas pessoas não conseguirem exercer controle sobre a vida emocional e assim acabam travando batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza.

A Inteligência Emocional não é uma característica que nasce com a pessoa. Cabe aos indivíduos, por meio de persistência e esforço, desenvolver essas habilidades. “Tais atributos não são natos, são adquiridos e frutos da aprendizagem social, assim sendo, podemos desenvolvê-los de diferentes formas”, aconselha Denize. Para isso, a consultora ressalta algumas condutas que podem auxiliar o profissional que busca aprimorar sua Inteligência Emocional:

·reflexão e autocrítica;
·aprendizagem com os erros e experiências anteriores;
·observar e enfrentar as situações tanto de fracasso quanto de sucesso;
·fazer cursos, ler e assistir a filmes voltados para esta área;
·convívio com as pessoas, pois quanto mais aprendemos a olhar para dentro de nós mesmo e para os outros, mas nos desenvolvemos emocionalmente.

Os fatores que compõem a Inteligência Emocional aliados ao conhecimento técnico fazem do indivíduo um profissional completo. Nunca é tarde para desenvolver essas competências, não só na área profissional como nos outros setores da vida. De acordo com o livro de Goleman, a crise que a humanidade vive hoje, com aumento da criminalidade, violência e infelicidade é o reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional da pessoa.

*A autora é jornalista da equipe do Dicas Profissionais.

Inteligência Emocional – Teoria Revolucionária: Utilizando inovadoras pesquisas cerebrais e comportamentais, o livro de Daniel Goleman, PhD pela Universidade de Harvard, mostra porque pessoas de QI alto fracassam e outras, cujo quociente é mais modesto, apresentam uma trajetória de vida de sucesso.