Newsletter subscribe



Artigos

As manifestações e a sua imagem profissional

Posted: 27 de abril de 2017 às 12:57 pm   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Nos últimos tempos temos assistido e/ou lido nos noticiários mais constantemente uma série de convocação para manifestações populares as quais, de fato, vem acontecendo em todo o país, e que envolvem milhares de pessoas de diferentes categorias e classes sociais, estudantes, trabalhadores, aposentados, visando a defesa de direitos sociais, condições de trabalho, moradia, e por aí vai.

Não pretendo discutir aqui se esse ou aquele interesse tem fundamento. Em princípio, manifestações e greve são permitidas até por lei e cada um é livre para manifestar sua opinião como cidadão e profissional. A minha preocupação é ajudar você a decidir se deve se envolver ou não em manifestações, seja uma manifestação geral, seja greve de categoria profissional, alertando principalmente quanto aos riscos que devem ser evitados para não prejudicar a sua imagem profissional.

Afinal, a sua reivindicação pode até ser justa, sob o seu ponto de vista e de milhares de pessoas, mas ela pode nem sempre agradar os seus empregadores e mesmo seus demais colegas de trabalho.

Meu primeiro lembrete é que você procure observar as orientações que são repassadas para a sua categoria e procurar segui-las da melhor maneira possível.Assim, se a sua categoria profissional estiver, por exemplo, entre aquelas de atividades essenciais para a população, como bombeiros, médicos, e outros, é bom ficar ainda mais atento para não sofrer sanções eventuais.

Já se você trabalha para uma empresa privada, embora ela não possa, por força de lei, constranger a sua participação e nem proibir a divulgação de uma greve, é bom ficar atento para não provocar qualquer sentimento isolado de revés por parte de um superior ou de um colega de trabalho que não gostou de sua participação.

Lembro que na época em que trabalhei para um banco, por exemplo, havia as greves sindicais, e todos nós da área tínhamos a orientação de comparecer, se possível, ao trabalho, evitando qualquer tipo de confronto com os participantes dos piquetes, para “furar” a greve. E não faltavam provocações como xingamentos (chupa-ovos, fura-greves…). Essa, na minha opinião, deve ser a postura de uma empresa, ou seja, de orientar aqueles colaboradores que são extremamente imprescindíveis de comparecer ao trabalho nos dias de greve.

Então, se você decidir participar de uma manifestação pública avalie os motivos e os riscos.

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, é Diretor e Administrador da Yama Educacional e Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho, da Revista Atitude Empreendedora e Administradores.com para os quais fala sobre comportamento no ambiente de trabalho, com base em sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais.