Newsletter subscribe



Artigos

Mudar para não revolucionar!

Posted: 19 de abril de 2012 às 5:27 pm   /   by   /   comments (0)

 * por Reinaldo do Carmo de Souza

Mudar é agir de forma preventiva e não implica necessariamente revolucionar. As empresas precisam mudar. Mudar tendo em vista erradicar problemas, o que evitará o desgastante processo de ter de revolucionar estruturas. As pequenas mudanças asseguram às organizações a adequação às novas condições do mercado.
Quando falamos em mudanças, acostumamos a imaginar algo grandioso, global, que afeta a organização como um todo. Desconsideramos dessa forma a importância das pequenas mudanças nas organizações, achando que só são mudanças as intervenções abruptas, drásticas e impetuosas, que podem afetar sistemas, sistemáticas, processos ou procedimentos de um modo abrangente.
No entanto, frente ao crescente volume de informações enviadas à empresa, as mudanças e adequações às novas condições de mercado vão levando a se moldar a meio como condição sine qua non para sua sobrevivência.
Mudanças podem ser ações radicais. Mas radicais no sentido estrito da palavra. Ser radical, porém, não significa ser intempestivo ou autoritário. Erradicar problemas requer apenas habilidades, ser capaz não só de estabelecer limites e margens de aceitação de desvios, como também de dizer “não”
Procuramos coexistir com problemas para que não haja necessidade de processar mudanças. Coexistimos com situações desfavoráveis até nosso limite máximo, porque acreditamos erroneamente que mudar é uma medida negativa. Para nós, ser radical é indesejável, inadequado e desagrada. A autoridade respeitada é aquela que tem limites e normas definidos.
No entanto, conhecemos inúmeras empresas familiares que foram obrigadas a revolucionar suas estruturas como única forma de sobrevivência. E tardiamente, em alguns casos.
A mudança é necessária. Mas mudar é agir preventivamente. Faz parte de uma clara definição de objetivos, de um planejamento em longo prazo, onde os controles são instrumentos de avaliação de resultados e não de processos
Processar mudanças é ação estratégica de prevenção, os indivíduos envolvidos compartilham dos objetivos globais da organização, compreendem e participam do processo, além de estarem motivados a executá-las.
*Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC.