Mulher em seus vários momentos da vida

Deolinda sempre se dedicou às suas tarefas domésticas. Sem saber ler e escrever ajudou o marido a criar os seus quatro filhos e três mulheres que hoje tem um diploma de formação superior e tecnólogos. Sua grande alegria e compensação na vida é ver os filhos casados e estar rodeada pelos netos que lhe enchem de carinho. Para ela, ser chamada de “Rainha do Lar” é motivo de orgulho. Seu marido é seu grande exemplo de vida.

Rute não conseguiu concluir o seu curso no ensino médio. Hoje gasta cerca de cinco horas do seu dia em transporte público muitas vezes superlotado. “Para conseguir um lugar para sentar na condução eu preciso chegar bem cedo no ponto de ônibus, às cinco e meia da manhã”, diz ela, “e mesmo assim corro o risco de encontrar uma grande fila”. Para Rute, a vida é mesmo assim, tem que batalhar muito par sobreviver. Alimentação saudável? Leva sua comida de casa mesmo. Sua Diversão? Só quando sobre um tempinho para passear com os filhos. Aborrecimentos? Infelizmente não pode comprar tudo o que queria para si e para seus fihos.

Margareth está feliz com a sua vida universitária, conseguida depois de várias tentativas de vestibular. Ela cursou o ensino médio em uma escola pública e assim pode disputar uma vaga em uma universidade pública para seguir uma carreira que sempre desejou: medicina. Sabe que o percurso é longo, mas, tem em mente cada passo para atingir os seus objetivos dentro da profissão. Casamento? Só quando estiver mais estabilizada na vida, diz.

Leila se diz privilegiada com tudo o que faz na vida. Hoje divide o seu dia com várias atividades. Parte do seu tempo é gasto no seu consultório onde atende pacientes que podem lhe pagar uma consulta particular. Faz um curso de mestrado na sua área de atuação e dedica-se também a atividades de filantropia, já que acha que sua vida pode ter um sentido melhor quando doa parte do seu tempo e experiência para ajudar outras pessoas. Sua vida é assim, solteira, vive com os pais. Pretende passar alguns anos de sua vida estudando em outro país.

Maria Eduarda é uma alta executiva de um grupo multinacional. Acha que seria melhor se o seu dia tivesse 48 horas para poder atender todos os seus compromissos. Sua agenda é repleta de reuniões, conference calls, entrevistas, seminários, palestras. Sua cabeça vive cheia de “resultados”, tanto para cobrar de outros como para ser cobrada. Por incrível que possa parecer ela tem outras atividades. Consegue participar das reuniões na escola de seus dois filhos menores, assistir às partidas de tênis de seu filho maior e ainda tem tempo para praticar natação no clube da qual é associada. “Felizmente”, diz ela, “posso acompanhar o crescimento dos meus filhos”. “Ah! Ainda tenho tempo para o meu marido também”.

É assim que é a Mulher. Cada uma em sua atividade. Desdobrando-se em todo tempo para dar conta de suas obrigações. Dedicação. Paixão. Foco. Na maioria das vezes nem pensam em si mesmas, o importante é que outros estejam bem. Para muitas, ficam de lado o “me arrumar”, batom, os vestidos longos, o glamour. Para muitas, o dia tem vários turnos, e elas tem que se sair bem de todos eles e ainda tentar ficar satisfeitas com o que sobra para elas.

Para essas e para tantas outras que não tem o mesmo perfil e oportunidades na vida, e que, ao contrário, sofrem os revezes da vida por conta de motivos diversos, fica aqui a nossa homenagem nesse Dia Internacional da Mulher.

Que Deus abençoe a todas!

[author] [author_image timthumb=’on’]http://www.yamaeducacional.com.br/autores/nelson_fukuyama.jpg[/author_image] [author_info]Nelson Fukuyama é editor chefe do portal DicasProfissionais e diretor da Yama Educacional e também colunista do portal Carreira&Sucesso da Catho Online. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais.[/author_info] [/author]