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Mulher: sexo frágil?

Posted: 8 de março de 2012 às 7:44 pm   /   by   /   comments (0)

 

por Nelson Fukuyama*

É uma constatação que há pouco tempo atrás a mulher estava mesmo relegada a um segundo plano. Os mais antigos devem se lembrar do tempo em que as mulheres não podiam aparecer na sala para receber uma visita e também, eram obrigadas a chamar seu marido de “senhor”.

Atualmente, coisas do tipo “lugar de mulher é na cozinha” não fazem mais sentido. As mulheres não apenas deixaram as cozinhas, espaço que ocuparam por gerações e gerações, aliás, ultimamente mais freqüentadas por homens, como passaram a ser encontradas em todos os níveis de importância. Não é de estranhar mais ver duas dirigentes de nações de expressão mundial como Brasil e Alemanha em cerimônias que definem o destino de milhões de pessoas.

Também, não é de se estranhar mais frases do tipo “pilotar? só fogão!”. Quem ainda se admira em encontrar mulheres dirigindo caminhões de transporte pesado, transporte coletivo, ou ainda peruas de transporte escolar pelas estradas e ruas de cidades de todo o país? Quem se surpreende em saber que a direção máxima de empresas multinacionais como GM e Johnson&Johnson, por exemplo, está entregue às mãos de mulheres?

É certo que há ainda grande discriminação da mulher. Ainda hoje a coluna de Sonia Racy no Estadão diz que o grau de discriminação contra a mulher aferido por uma pesquisa da Global Gender Gap Report mostra que ele é menor em países mais bem colocados no IDH. “O Brasil está em 81ª posição entre 134 medidos, complementa a nota. No mercado de trabalho, uma pesquisa recente divulgada pelo DIEESE mostra que a remuneração das mulheres está em geral menor em 25% do que a dos homens. Mas, encontrar mulheres trabalhando em empresas de prospecção de gás, petróleo e energia dá uma idéia de que elas estão ingressando em áreas antes exclusivamente ocupadas por homens.

Você acha mesmo que essa situação vai durar por muito tempo? Basta observar os postos ocupados nos vários níveis da política mundial e nacional, para encontrar mulheres decididas a dar um rumo diferente para a condição feminina. Por um motivo ou outro, essas mulheres estão batalhando pelo direito das trabalhadoras, tratando de temas de sua preocupação como direitos da maternidade, aborto, amamentação e creches para os filhos, que são parte do drama vivido por milhões de mulheres que têm que se desdobrar em diversas mães e chefes de família, enquanto trabalham.

As mesmas milhares e milhares de mulheres que vêem seu dia totalmente preenchido por preocupações com a condição mínima de sobrevivência, para complementar a renda familiar, que são obrigadas aos diversos turnos de trabalho. Essas sim deveriam ser exemplos para outras mulheres mais afortunadas que povoam o mundo das novelas e casos da televisão.

Mulher: sexo frágil? Veja o que pensa por exemplo o Tremendão da Jovem Guarda Erasmo Carlos: Dizem que a mulher é o sexo frágil /Mas que mentira absurda/Eu que faço parte da rotina de uma delas / Sei que a força está com elas.

* Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. Perfil no linkedin: br.linkedin.com/pub/nelson-fukuyama/31/a78/3ba

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