Network: sua maior força

* por Eduardo Zugaib

Quando o assunto é oportunidades profissionais, a nossa rede de relacionamentos é tão importante quanto a nossa própria formação acadêmica e nossa vivência profissional. Logo, é fundamental cultivar um bom network desde os primeiros anos de estudo, especialmente no ensino superior. Isso não significa apenas “acreditar” que se tem bons amigos mas, principalmente, preocupar-se em ser um bom amigo, criando valores positivos em torno do próprio nome.

Ter uma agenda repleta de contatos não significa nada se a pessoa certa, no momento certo, não tiver em mãos o seu contato. Estar atento à relevância que criamos a cada dia, com cada pessoa, em cada uma das atividades profissionais que desenvolvemos é um exercício fundamental. O sucesso desses encontros cotidiandos ajuda é o que forma a nossa marca profissional. Como num produto, essa marca sempre precede as nossas relações, fortalecendo-nos ou prejudicando-nos silenciosamente.

Fortalecer nossa marca requer uma predisposição natural em ajudar, mesmo sabendo que haverá gente que tentará forçar alguma relevância em sua vida, de uma hora para outra, com vistas a obter algum favor ou contato, sem agregar nada à rede. É o famoso: “- Eu precisava mesmo falar com você!”… que surge em encontros acidentais, mesmo com toda a tecnologia que temos à disposição para contatar-mos quem quisermos, a qualquer momento. Nestes casos, o bom networker deve agir com elegância, deixando no ar o “benefício da dúvida” (“- Será que ele vai ajudar ou não?”) e esperar. O tempo dirá se a oportunidade realmente é relevante ou se é mais um fogo de palha, uma candidata à gaveta das “grandes e imperdíveis oportunidades que vão mudar sua vida para sempre”.

Não é de hoje que um network bem estabelecido tem sido encarado pelas empresas como forma segura na contratação de novos profissionais, especialmente no cenário de aceleração econômica que vivemos, com novos postos de trabalho surgindo a cada dia em confronto com a falta de profissionais qualificados.

O “QI” (quem indica), saiu da informalidade e já se transformou em ferramenta oficial de captação de talentos em algumas empresas, que até premiam os colaboradores que acertarem na indicação. No mundo corporativo, a máxima “diga-me com quem andas, que direi quem és” nunca fez tanto sentido como agora.

* Eduardo Zugaib – profissional de comunicacão, escritor e palestrante em vendas, atendimento e comunicação – www.eduardozugaib.com.br