Newsletter subscribe



Artigos

Nunca julgue alguém pela sua aparência

Posted: 31 de maio de 2016 às 7:00 am   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Temos o feio costume de julgar as pessoas pela sua aparência. Fulana é admirada por muitas pessoas porque se veste bem. Fulano é admirado pelas pessoas porque tem um carrão. Beltrano tem muitos fãs porque faz questão de demonstrar que tem influência sobre outras pessoas.

Coitadas das pessoas menos privilegiadas em sua aparência, ou, porque não dizer, as mais tímidas, que não costumam se ostentar. E, principalmente no mundo corporativo, quantos casos sabemos de pessoas que sofrem por causa da sua aparência. Eu mesmo lembro de dois casos..

A pessoa entra em um banco, todos olham, como dizemos, dos pés à cabeça, para ver o que ela vai fazer. Nenhum funcionário do banco se aproxima para prestar a ajuda, aquela mesma ajuda que um deles acabara de oferecer a uma tal figura toda cheia de “frufru” que viera para pedir um empréstimo. A “coitada” está vestida de maneira comum. Aguarda na fila do caixa, paciente, até que é chamada pelo caixa, que se surpreende quanto a pessoa vem depositar um cheque de alguns milhões que acabara de receber pela venda de um imóvel. Fim.

Em uma revenda de carros importados ninguém se aproxima daquele “senhorzinho” que começa a perguntar o preço daquele carrão importado e recebe respostas ríspidas do funcionário que não acredita que “vestido daquele jeito”, ele vá realmente comprar alguma coisa. Até que ele diz que gostou daquele modelo mais moderno que está ali, quer pagar à vista e faz a transferência bancária pelo seu celular, sem pedir desconto. Cai o queixo do funcionário da revenda, que, lógico, passa a ser um grande admirador do “senhorzinho”.

E se não aconteceu com você, leitor(a), já aconteceu comigo. Certo dia, de passagem por uma avenida no centro, parei para admirar uma camisa social muito bonita e perguntei ao vendedor qual era o preço daquela camisa. “Ah! essa camisa é bem carinha, viu?” ele me respondee, como se eu não tivesse o tanto de dinheiro para comprá-la. Acabei comprando mais por pirraça.

E quem não se lembra do filme “Uma Linda Mulher”, na cena em que a personagem entra em uma butique chique da Rodeo Drive e é convidada a se retirar pelas vendedoras por causa da sua aparência. Ou ainda, da Susan Boyle, que até soltar a voz no show foi motivo de risadas e “sarros” desde do apresentador até a platéia e acabou por “calar a boca” de todo mundo quando mostrou o seu talento.

Fica aqui um lembrete a todos para não classificar as pessoas pela sua aparência. No mundo corporativo, pessoal de recursos humanos, lembre-se que todos têm um potencial e um talento que pode ser de muito valor, basta uma oportunidade para se revelar. E pessoal de atendimento lembre-se que um potencial cliente pode não ser exatamente aquele que tem uma excelente aparência.

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho e da Revista Atitude Empreendedora, Palestrante do Dicas Profissionais Highlights 2013. Usa sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais para falar sobre comportamentos no ambiente de trabalho.