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Parceria: meu ou nosso sucesso?

Posted: 29 de abril de 2014 às 8:39 am   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Uma cena que vi na televisão há alguns anos em um programa de calouros pode ilustrar bem o que eu pretendo dizer com esse artigo.

Imagine. O apresentador do programa chama uma dupla em seu show de calouros. “Viemos da cidade (x)”, diz um deles, “fica bem longe daqui de São Paulo. Vamos cantar tal música”. “Ok, ok” diz o apresentador e pede ao maestro que comece a música. Nem bem a música tinha começado e lá veio o gongo, dando por encerrada a apresentação. “Mas, seu fulano, nos dê outra chance, viemos de muito longe”. “Nada disso”. “Mas, mas”, insistiu o rapaz. “Não, não”. “Mas, uma chance só. Vamos fazer o seguinte, o senhor me dá uma chance, e agora eu vou cantar sozinho, porque o meu parceiro aqui (enquanto afastava o parceiro para trás) está me atrapalhando”. Risada geral e fim da estórinha.

Bom, essa cena cômica deixou uma mensagem em minha memória: se os planos não dão certo, você prefere culpar um parceiro, como se ele estivesse atrapalhando os seus planos, como se ele fosse a razão do insucesso. Daí, você simplesmente o afasta, deixa de lado, e faz descaso dele em frente às demais pessoas, e esquece tudo o que vocês dois passaram para chegar ao momento atual. O importante para pessoas que agem assim é o “seu” sucesso, a “sua” fama.

Lembro sempre disso quando ouço algum conhecido dizer que teve que se afastar de um parceiro com o qual estivera fazendo bons negócios, mas, a pessoa começou a mostrar falta de bom senso em suas sugestões junto aos clientes, e isso, claro estava começando a prejudicar a imagem da sua empresa.

E vejo sempre isso acontecer no mundo da política. Sempre tem um ou outro político “tirando o corpo fora” de certos atos e fatos que lhes são atribuídos. Hoje, por exemplo, uma notícia publicada na mídia nacional conta que uma personalidade, durante uma entrevista no exterior, dizia que algumas pessoas que foram julgadas e condenadas por participarem de certos atos durante seu governo não eram de sua confiança e que com eles tinha pouco contato. Tudo bem se tais pessoas não tivessem sido aqueles seus companheiros que batalharam por muito tempo e o ajudaram a conseguir o grande destaque dentro do cenário nacional.

Parece que atitudes assim sempre ocorreram e tendem a ocorrer. É uma reação humana que parece pretender isolar ou ignora pessoas que ajudam ou ajudaram alguém a sobreviver a momentos de batalhar por um ideal.
O recomendável é que a gente procure lembrar sempre os benefícios que algum parceiro nos tem trazido e evitar menosprezar a sua parceria. Devemos sempre ser gratos às pessoas que nos ajudaram, ainda que possam surgir situações em contrário.

Pense nisso!

*Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho Online e Revista Atitude Empreendedora e Palestrante do evento online Dicas Profissionais Highlights 2013. Suas experiências incluem passagens consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e a fonte Dicas Profissionais www.dicasprofissionais.com.br