Pare de olhar só para o seu umbigo

Nelson Fukuyama*

No final de semana a gente acaba, de uma forma ou de outra, relaxando. Digo de uma forma ou de outra porque há, para a grande maioria de nós, os momentos de descanso, quando ficamos um pouquinho a mais na cama, um momento de descontração no almoço ou jantar em companhia de pessoas queridas, algumas horas para passeios, compras, curtir um filme ou um show, ler um livro, enfim, se desligando dos assuntos do dia a dia.

Certamente você também já deve ter percebido como um momento de desligamento, mesmo que seja por um pequeno intervalo de tempo de nossas atividades diárias, nos conduz a uma serenidade que nos ajuda a pensar com mais clareza sobre a nossa vida, e porque não, sobre tantas coisas que deixamos passar sem a nossa devida atenção.

A verdade é que nos preocupamos com os problemas que enfrentamos no dia a dia do nosso trabalho, com problemas que afligem a nossa vida pessoal e a vida das pessoas mais próximas, e acabamos com isso deixando de dar a devida atenção a situações que estão acontecendo ao nosso redor e que poderiam ser afetadas com a nossa participação.

Deixamos, por exemplo, de visitar uma pessoa conhecida, parente ou não, que está passando por uma situação de doença e que nós poderíamos ajudar pelo menos com uma palavra de apoio.

Deixamos de participar de atividades comunitárias da igreja, da associação, do clube, para as quais poderíamos contribuir de alguma forma.

Deixamos de nos preocupar com problemas que afetam a nossa cidade que poderiam ter uma solução com a nossa participação. Nesse aspecto eu cito, como exemplo, o problemão que estão vivendo as cidades que dependem da água do Sistema Cantareira, lembrando que não se veem mais movimentos como os que se faziam antigamente, orações, novenas, procissões, para que Deus mandasse chuva e que essas aconteciam…

Como se vê, há situações que estão acontecendo fora do nosso umbigo e poderíamos dar a nossa contribuição de alguma forma, sem esperar qualquer tipo de retorno. Se você refletir bem sobre isso vai se lembrar de ter ouvido de muitos amigos e pessoas conhecidas lamentarem por não terem dado a devida atenção também a essas situações.

Portanto, como membros de uma sociedade, precisamos esticar as nossas mãos para socorrer alguém ou dar a nossa contribuição. Sem dúvida nenhuma haverá uma recompensa por isso que será a nossa satisfação de sentir que fomos úteis de alguma forma.

Reflita sobre isso.

*Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho Online e Revista Atitude Empreendedora e Palestrante do evento online Dicas Profissionais Highlights 2013. Suas experiências incluem passagens consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e a fonte Dicas Profissionais www.dicasprofissionais.com.br