Perfume: muito, pouco, nenhum?

Nelson Fukuyama*

Nesses tempos de altas temperaturas em todo o país, nós estamos expostos aos mais diversos aromas no nosso dia a dia, qualquer que seja ele, qualquer que seja a hora.

Há quem exagere no uso de perfume.

Imagine que desde as primeiras horas do dia você já está exposto ao perfume exagerado do seu vizinho(a). Muitas vezes, mesmo de dentro do seu apartamento você pode já sentir o perfume forte que ele(a) está usando. O odor que fica mais acentuado quando você entra no elevador.

Quem usa um meio de transporte público, especialmente nos horários de grande movimento, enfrenta também a diversidade de odores. Imagina você passar algum tempo, cinco minutos, dez minutos, meia hora, uma hora, encostado em uma pessoa que esteja usando um perfume muito forte.

Agora, grande parte de pessoas tem que enfrentar a fila no elevador da empresa em que trabalha. Tem sempre alguém que se destaca pelo odor do seu perfume ou desodorante.

Durante o dia, a situação não é diferente. É aquele(a) colega de trabalho da mesa ao lado, que exagerou no seu perfume/desodorante. É aquela pessoa que você cumprimenta que impregna a sua roupa com o seu perfume, depois de um simples abraço de cumprimento.

Quem já não percebeu o desodorante do garçom do restaurante que vem lhe atender e que as vezes parece querer acabar com o seu apetite, quando ele estica o braço ao seu redor para depositar algum objeto/alimento ao seu lado?

Também, quem nunca esteve em um quarto de hospital ou clínica médica e teve a oportunidade de ser atendido por um profissional de saúde que estava usando um perfume/desodorante que “infestava” o ambiente, sem pensar no mal estar que podia estar provocando ao seu paciente?

Você certamente também deve ter os seus exemplos e experiências, mas, pior mesmo é quando você encontra pessoas que não usam nem desodorante nem perfume.

Tem gente que por algum motivo, até de saúde, não pode usar qualquer tipo de perfume. Até é fácil de entender, embora seja, convenhamos difícil de saber a razão do mau odor que uma pessoa assim possa exalar.

O que parece mais fácil de identificar e não perdoar pelo mau odor que causa é a pessoa que já tem um aspecto de desleixada, que parece que não gosta muito de tomar um banho e manter a higiene pessoal. Daí, é melhor ficar distante dela, se possível, embora as vezes você tenha que passar horas e horas ao lado dela dentro da empresa.

A gente poderia falar horas e horas sobre os odores, tanto agradáveis quanto desagradáveis. Melhor seria se pudéssemos falar apenas dos odores agradáveis, claro.

Mas, o que seria recomendável em termos de aromas para perfumes e desodorantes?

Para mim, e parece que minha opinião é compartilhada também por pessoas com quem conversei sobre isso, o mais sensato é usar um perfume, um desodorante, sem dúvida nenhuma. Mas, que o aroma desse perfume seja discreto, e no caso do desodorante, seja sem aroma.

Dependendo da sua atividade, do local que frequenta, das pessoas com as quais convive, preocupar-se com o aroma que exala é uma forma de cuidar da sua imagem pessoal.

*Nelson Fukuyama é Editor-Chefe do portal Dicas Profissionais, Diretor da Yama Educacional e também Colunista do portal Carreira&Sucesso da Catho Online. Suas experiências incluem passagens consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e a fonte Dicas Profissionais www.dicasprofissionais.com.br.