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Profissional com medo de viajar de avião?

Posted: 15 de março de 2012 às 7:45 pm   /   by   /   comments (0)

 

* por Nelson Fukuyama

Há algum tempo era de se admirar quando a gente dizia que iria tomar um avião em São Paulo para participar de uma reunião ou fazer alguma atividade no Rio de Janeiro e voltaria no mesmo dia. Mais espanto ainda era dizer que iria a algumas capitais de países próximos e voltar no mesmo dia. Eu senti isso quando tive a oportunidade voar de São Paulo para Buenos Aires para participar de uma reunião que durou o dia todo e no final do dia tomei o vôo de volta para São Paulo. Ultimamente, por facilidade e comodidade, ir e voltar no mesmo dia para algumas capitais inclusive da Região Nordeste ficou muito mais fácil.

O problema é que, independentemente da tal facilidade e comodidade, avião continua sendo avião e medo de avião continua sendo medo de avião. Muitos profissionais sofrem porque têm que enfrentar esse grande desafio de “ter que viajar de avião”. Para esses, é um verdadeiro martírio, eles iriam de carro mesmo (e muita gente faz isso), para não tomar um avião. E nessa angustia ficam sem dormir dias e dias pensando naquele momento de tortura.

Mas, deixando o medo de lado, embora sabendo que nem sempre seja possível, dá para enfrentar essa situação de uma forma diferente. Vamos ver?

A começar pelo “clima” de um aeroporto, tem um ar diferente. Muitas pessoas ainda mostram estilo na hora de viajar, se vestem bem. Até quem vai levar um passageiro parece orgulhosa de estar ali. Na espera pelo embarque muitos adiantam expediente conectados na internet ou preparando planilhas, ou até mesmo já planejam estratégias para as reuniões, enquanto o tempo passa.

Se não houver qualquer atraso, anunciado o vôo, todos ficam ansiosos na porta de embarque, esperando a liberação do acesso, e quando isso acontece, alguns se empurram, para chegar primeiro na aeronave, entram correndo e procuram colocar seus pertences no bagageiro. Em muitos casos, o empurra-empurra e o comportamento de alguns passageiros fazem lembrar o metrô da capital em horários de pico. É um tal de buscar a poltrona, de reclamar que a poltrona está ocupada, de se ajeitar. Se tiver pressa para desembarcar, procure escolher as poltronas da frente, antes da asa.

Se não houver atraso de vôo, o primeiro momento de sensação é a decolagem, que pode ser um momento de prazer especialmente para quem estiver sentado à janelinha e pode ver a cidade se perder nas nuvens, que se avolumam cada vez mais até criar uma barreira entre o que se pode ver da terra e o azul do céu infinito.

Pequenos solavancos mostram que o avião está no ar. Nada diferente daqueles movimentos que a gente sente quando o carro passa sobre um dos milhões de buracos nas ruas de nossas cidades. Portanto, nada de se estranhar. Vez ou outra, e o comandante vai avisar quando, os buracos podem ficar mais freqüentes e mais profundos. Nada demais. Não se preocupe com estatísticas com acidentes com aviões, pois elas sempre mostrarão que viajar de avião é um dos meios de transporte mais seguro do mundo.

Enquanto é servido um suco/lanche rápido, o comandante avisa que já está se preparando para pousar no aeroporto e a temperatura local.

Você nem bem sentiu o alívio do anúncio e começa a sentir que o avião está em processo de descida. As nuvens já começam a ficar mais longe e lá embaixo começam a aparecer de novo as imagens da cidade, com seus contornos, que vão ficando cada vez mais definidos, com prédios, carros e a pista do aeroporto local.

Vem a aterrisagem, que pode demorar alguns poucos segundos, quando você vai perceber que todo mundo fica calado, pensando na vida. Em seguida, nem bem a aeronave parou, é criada uma imensa fila de saída e de novo você vai observar os mesmos passageiros desesperados querendo levantar de suas poltronas, pegar suas bagagens, e começam a empurrar as pessoas que já estão em pé na fila do corredor, para sair o quanto mais depressa dali em direção da esteira de bagagens. Parece que as companhias aéreas ainda não adotaram a prática de dar preferência de saída aos idosos, crianças e deficientes.

Ali na fila de espera de bagagem, literalmente o bicho pega. Seria ideal que você não procurasse levar enormes bagagens, assim você poderia sair do avião com sua bagagem de mão e ir embora. Na fila, primeiro, vem a ânsia de saber que se a bagagem veio no mesmo vôo, depois em saber se ela veio intacta, depois vem a demora da esteira até que você a pegue, coloque num carrinho de mão e saia desesperado daquele lugar até a fila da saída onde alguém esteja te aguardando.

Mas, e o medo de viajar de avião onde foi parar? Você nem sentiu não é mesmo? Afinal, não é nada diferente do que você já experimentou durante uma viagem de carro ou de ônibus, ou de metro ou de jardineira mesmo.

A grande vantagem é que você chega mais cedo ao seu destino, pode participar com maior tranquilidade de seu compromisso e voltar no mesmo dia para a sua cidade. Não é uma beleza?

Mas, só para terminar essas dicas, é interessante lembrar alguns pontos importantes. Não combine horários para saída e chegada de aeroportos, pois podem ocorrer atrasos de qualquer forma. Não deixe de levar roupas pessoais para o caso de ter que pernoitar em outra cidade. Não deixe de levar cartão/dinheiro suficiente para sua viagem.

De resto, é só esperar para curtir a próxima viagem e dizer a todos que viajar de avião é a coisa mais agradável e prática da vida.

* Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais.

A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e o portal Dicas Profissionais (www.dicasprofissionais.com.br).