Redes Sociais: ajudam, atrapalham ou não fazem qualquer diferença?

Nelson Fukuyama*

É bem verdade que as redes sociais e – Facebook, Twitter, Orkut, Linkedin e outras – estão presentes no nosso dia a dia, ocupando um espaço considerável na vida de muitos, por facilitarem o acesso e troca de milhões de informações de forma quase instantânea. O lado questionável de tudo isso é se há realmente vantagens trazidas pela facilidade de acesso e uso das informações ou se isso acaba se tornando um problema na vida dos usuários devido à forma de uso dessas redes.

Pessoalmente, acho que o problema está no fato de as pessoas não saberem usar de maneira adequada as tais redes sociais.

Posso contar meu sentimento sobre algumas dessas redes. Tem uma, bem popular, que nunca me atrevi a aderir. Mas, outro dia tive a oportunidade de acessar uma tão falada, através de um perfil de uma pessoa da família, para ver algumas fotos pessoais, e o que li me deixou de estomago embrulhado. O que tive oportunidade de ler foi um monte de coisas sem nexo, pessoas postando versinhos, suspiros, ais, fotinhos de animais de estimação. Coisas que me parecem que ficaria melhor se escritas em um diário pessoal, como daqueles que se usava antigamente para escrever pensamentos e tal. Outras se relacionando com pessoas que na vida real não se “bicam”. Fiquei pensando se não seria melhor empregar esse tempo em coisas mais produtivas.

Uso mais uma rede que me parece mais adequada para relacionamentos profissionais. Até o momento tive experiências interessantes. A grande maioria é realmente concentrada, discreta até demais. Uma parte é tão reservada que nem responde cumprimentos ou aos emails que a gente costuma enviar pela rede, para falar de assuntos profissionais. Fico pensando como seria se fosse para pedir emprego ou dinheiro emprestado. Sobre alguns, já li perfis de usuários que se definem como “um empreendedor, um engraxate, um poeta, um encanador”. Estranho não ? Em algumas experiências, já tive a oportunidade de convidar alguns profissionais muito renomados em suas atividades. Decepção. Ficavam escrevendo mensagens/recadinhos pessoais direcionados a alguns de seus relacionamentos da rede. Achei melhor removê-las.

O que eu fico imaginando é como um profissional pode se inscrever em uma rede social para escrever coisas que podem comprometer sua imagem. Imagino se um recrutador faz – e costuma fazer – uma pesquisa de um candidato e tem oportunidade de ler determinadas coisas em seu perfil como é que esse candidato vai se defender?

Então, minha recomendação é que todos que se inscreverem em qualquer dessas redes sociais procurem se educar quanto ao seu uso adequado. Se entenderem que a rede em que se cadastraram não é a mais adequada para o seu perfil, isto é, se a tal rede não trouxer qualquer benefício à sua vida pessoal ou profissional, será melhor se descadastrar e aproveitar os momentos que se dedicaria a ela em outras atividades que lhe tragam melhor proveito.

*Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais.

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